Um posto de gasolina serviu de refúgio para dezenas de desabrigados pelo incêndio que matou três pessoas e destruiu ao menos 50 barracos na madrugada deste domingo, 7, na comunidade Ilha, em Heliópolis, zona sul de São Paulo. Homens, mulheres, crianças e animais de estimação dividiam colchões doados pela Prefeitura no piso do estabelecimento, na Avenida Almirante Delamare.
A Prefeitura ofereceu abrigos, mas muitos preferiram ficar e vigiar suas casas para evitar saques. A Defesa Civil isolou os 3 mil m² da comunidade, sob risco de desabamentos.
"Saí sem nada, só com a roupa do corpo. Passei a noite aqui, com frio", disse o pintor Joaquim Cruz Macedo, de 29 anos. Ele e outros homens ajudavam, na tarde de ontem, a distribuir alimentos.
O metalúrgico e dono de um bar na comunidade Antonio Neto Rocha, de 45 anos, só teve tempo de resgatar o cachorro, Branquinho, e sair com a mulher. Vestia ontem uma blusa que ganhou do cunhado. Assim como Rocha, a comerciante Maria das Graças da Silva, de 45, temia perder o que tinha no seu comércio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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