Janaína Gonçalves
Repórter
O consumo de combustível no estado bateu em junho novo recorde nos últimos 11 anos. É o que revela a agência nacional de petróleo, gás natural e bicombustível. No mês, as vendas totalizaram 1,107 milhão de metros cúbicos. Na comparação com o volume comercializado no estado em maio (1,101 milhão de metros cúbicos) foi registrado avanço de 0,5%.
Em Montes Claros, os preços do álcool e da gasolina variam por posto de combustível. O litro do álcool varia de R$ 1,67 a R$ 1,73. Já o da gasolina é encontrado de R$ 2,60 a R$2,80.
Preço de combustível varia nos postos de Montes Claros.
Segundo o gerente do posto Palmar Combustível e Serviços, Humberto Kennedy Muniz Viana, o posto recebe um média mensal de 5 a 10 mil litros de petróleo e o consumo varia de acordo com a época do ano.
- O mês de agosto é um período de pouco movimento. O consumo só é aquecido em épocas festivas, podendo chegar de 10 a 20% a mais - diz.
Para o assessor político Orlando Porto, o álcool está com um preço bom, devido ao período de safra; em contrapartida, acha que a gasolina está um absurdo.
- No município de Unaí, encontramos combustível por R$ 1,80, mas aqui já abasteci por R$ 2,80. Para meu veículo, que é 2.0, o consumo pesa no bolso, um média de 50 litros por dia. Mas um carro mais econômico chega a gastar 20 litros. Mesmo assim, os centavos a mais fazem a diferença no final do mês - afirma.
O gerente do posto Rede Cunha, Ernesto Aparecido Ribeiro, explica que o valor é fixado levando-se em conta o preço do petróleo.
- Todos os dias abastecemos o posto com 5 mil litros, mas essa quantidade é variável, dependendo do dia e do mês - explica.
O preço médio do etanol hidratado nos postos recuou em 13 estados, incluindo Minas, que é o segundo produtor de combustível do país e registrou um avanço de 0,54% na semana, avaliado num custo de R$1,67.
As vendas internas de gasolina em junho também bateram o recorde do período desde o começo da década. No período, o consumo do combustível totalizou 287,710 mil metros cúbicos. Frente à comercialização estadual de maio (287,362 mil metros cúbicos) houve ligeiro acréscimo, de 0,1%. Na comparação com idêntico mês do exercício passado (240,108 mil metros cúbicos) foi verificado avanço de 19,8%.
De janeiro a junho de 2010, as vendas de gasolina no estado somaram 1,760 milhão de metros cúbicos, contra 1,420 milhão de metros cúbicos no mesmo período de 2009, elevação de 23,9%. Com o resultado, os números registrados nos seis primeiros meses deste ano são os maiores do período desde 2000.
O consumo de óleo combustível no mercado interno em junho foi maior do que o volume consumido no mês anterior. Foram 55,257 mil metros cúbicos contra 53,681 mil metros cúbicos em maio, elevação de 2,9%. Em relação a idêntico intervalo de 2009, quando foram comercializados 43,497 mil metros cúbicos, o incremento foi de 27%.
No caso do GLP, o gás de cozinha, foram consumidos 121,020 mil metros cúbicos em junho, volume 0,4% superior às vendas do mês anterior, quando foi verificada a utilização de 120,481 mil metros cúbicos do combustível. Já em relação à quantidade consumida no idêntico mês de 2009 (114,161 mil metros cúbicos), foi apurado aumento de 6%.
As vendas de álcool hidratado em junho em Minas totalizaram 77,139 mil metros cúbicos, o que corresponde a uma alta de 6,7% sobre os 72,234 mil metros cúbicos comercializados em maio. Em relação ao consumo do sexto mês do exercício passado (101,280 mil metros cúbicos), entretanto, houve queda de 23,9%. E, o volume consumido nos primeiros seis meses de 2010 somou 367,114 mil metros cúbicos contra 571,736 mil metros cúbicos, o que significa uma redução de 35,8%.