O presidente da Guatemala, Fernando Otto Pérez Molina, não compareceu neste sábado (29) a uma reunião do comitê parlamentar que analisava a possibilidade de retirar sua imunidade, em meio a um escândalo de corrupção envolvendo seu governo. Ele preferiu mandar seu advogado pessoal, que leu uma mensagem escrita. Apesar de sua presença não ser obrigatória, o episódio deve agravar a crise política. Do lado de fora do Congresso, centenas de manifestantes exigiam sua renúncia.
O comitê, formado por cinco integrantes, aprovou o fim da imunidade de Molina, mas a questão ainda precisa ser analisada pelo plenário do Congresso. O processo parlamentar equivale a um impeachment e também poderia gerar uma acusação criminal contra o presidente, envolvido em uma esquema de fraudes alfandegárias. A ex-vice-presidente Roxana Baldetti foi presa na última quarta-feira, acusada de receber US$ 3,7 milhões em propina de empresários, em troca de facilitar o não pagamento de impostos de importação.
O mandato de Molina termina no dia 14 de janeiro de 2016 e as eleições para escolher seu sucessor serão realizadas nas próximas semanas. Fonte: Associated Press.
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