Primeiro mineiro na Seleção e ídolo de Palestra e Cruzeiro, Niginho foi o 'Carrasco dos Clássicos'

Alexandre Simões
@oalexsimoes
16/04/2020 às 21:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:18
 (Cruzeiro/Divulgação)

(Cruzeiro/Divulgação)

A grande marca de Niginho no clássico entre Cruzeiro e Atlético, que completa 99 anos nesta sexta-feira (17), foi na decisão do Campeonato da Cidade (Mineiro) de 1940, a primeira disputada até o final entre os dois clubes, e que teve ele como destaque.

Depois de terminarem empatados em pontos a competição, atleticanos e palestrinos (foi o último título do Palestra Itália) iniciaram entre o Natal e o Réveillon de 1940 a melhor de três pela taça.Cruzeiro/Divulgação

Niginho foi o maior ídolo dos tempos de Palestra Itália, mas fez história também com a camisa cruzeirense

O Palestra Itália venceu em Lourdes, por 3 a 1, com dois gols de Niginho, em 29 de dezembro de 1940. O Atlético fez 2 a 1 no Barro Preto, em 5 de janeiro de 1941.

Na Alameda, uma semana depois, quem vencesse seria campeão. E o Palestra fez 2 a 0, com Niginho marcando o gol do título e o da artilharia do Campeonato da Cidade, com 12 bolas na rede.

Seleção

Mas o centroavante, que tinha ainda os apelidos de Tanque, pela força física e facilidade para romper as defesas adversárias, e Menino Metralha, pois com 14 anos já encantava com a camisa do Palestra Itália, fez história bem antes da decisão do Campeonato da Cidade de 1940.

Em 4 de dezembro de 1936, ele foi o primeiro jogador do futebol mineiro convocado para defender a Seleção Brasileira. Ele foi chamado pelo técnico Ademar Pimenta para a disputa do Campeonato Sul-Americano (Copa América) da Argentina, no final de 1936 e início de 1937. Em 1938, ele disputou a Copa do Mundo da França, mas como jogador do Vasco.

Hepta

O título mineiro de 1940 foi o único avulso de Niginho na sua longa trajetória com a camisa tricolor, do Palestra Itália, e azul, do Cruzeiro, pois ele jogou no clube nas duas fases. E sempre como referência.

Ainda garoto, integrou o grupo tricampeão em 1928, 1929 e 1930, que tinha como craque o seu irmão Ninão, artilheiro das três edições, com o recorde de 43 gols em 1928.

Depois, Niginho integrou o time que ganhou os primeiros títulos do clube com o nome Cruzeiro, em 1943, 1944 e 1945. Em 1947, ele encerra sua carreira de treinador e inicia a de treinador, com o banco cruzeirense sendo onde ele mais atuou nesta nova fase.

Niginho morreu em Belo Horizonte em 5 de setembro de 1975. Mas segue viva a história daquele que ficou conhecido como o “Carrasco dos Clássicos”.CLIQUE PARA AMPLIAR

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