(BERTRAND GUAY/AFP)
BRASÍLIA – O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, definiu o projeto do orçamento geral para 2013 apresentado pelo governo do presidente francês, François Hollande, como um "plano de guerra" para combater a crescente dívida do país. Hollande disse que é a proposta orçamentária “mais difícil” dos últimos 30 anos.
Com uma dívida pública em torno de 90% do Produto Interno Bruto (PIB), Ayrault disse que a proposta inclui aumento das taxas sobre altos rendimentos. Acrescentou que nove entre dez cidadãos franceses não serão afetados pelas medidas definidas na proposta orçamentária.
A iniciativa prevê a economia de US$ 26 bilhões (cerca de R$ 52 bilhões). Também deverá evitar o corte de gastos definido por vários governos da zona do euro – grupo de 17 nações que adota a moeda única. Os planos de austeridade, definidos pela Grécia, Itália, por Portugal e a Espanha, geram protestos e queixas da população.
O primeiro-ministro disse ainda que o governo "honrará" suas promessas, que incluem educação, emprego, segurança e justiça social. Na semana passada, o número de desempregados na França subiu para 3 milhões de pessoas. Para analistas, o desempenho da economia francesa no ano que vem será crucial para definir os rumos da zona do euro.