O primeiro-ministro sírio Wael al-Halaqi escapou ileso nesta segunda-feira (29) de um atentado contra seu automóvel, que matou um de seus seguranças, no bairro de Mazzeh, em Damasco, informaram a imprensa síria e uma ONG opositora.
Vários veículos ficaram queimados no local do ataque e muitos tiveram os vidros quebrados. A polícia isolou a região. "O atentado terrorista em Mazzeh teve como alvo o comboio do primeiro-ministro. Al-Halaqi escapou ileso e não foi ferido", informou o canal Al-Ikhabriya, sem precisar a natureza da explosão.
Segundo a emissora estatal, o atentado aconteceu perto de um jardim e de uma escola de Mazzeh, uma bairro da zona oeste da capital síria, que conta com um rígido sistema de segurança e que abriga várias embaixadas, prédios do governo e a sede dos serviços de inteligência.
"Eu caminhava pela rua quando aconteceu uma forte explosão. Vi um carro incendiado e pessoas correndo", contou uma testemunha à AFP.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que um segurança do primeiro-ministro morreu no ataque. "Outro segurança e o motorista estão em situação crítica", afirmou à AFP Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH. "Ao que parece, a explosão foi detonada por controle remoto", completou.
Quatro mortos no domingo
Um míssil terra-terra caiu no domingo (28) na localidade de Tall Rifaat, no norte da Síria, provocando a morte de ao menos quatro civis, dois deles menores de idade, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Militantes do Centro de Imprensa de Aleppo, opostos ao regime, indicaram que se tratava de um míssil Scud disparado pelo exército regular, mas esta informação não pôde ser verificada de maneira independente.
Duas mulheres também morreram por este disparo e várias pessoas ficaram feridas. O míssil destruiu diversas casas nesta localidade da província de Aleppo, disse o OSDH.
A Comissão Geral da Revolução Síria, uma rede de militantes, informou sobre 30 feridos e a destruição de dez casas. Também disse que uma mãe e suas duas filhas figuravam entre as vítimas. "O balanço poderia ser mais grave, ainda há corpos sob os escombros", indicou o OSDH, com sede na Grã-Bretanha.
Al-Halaqi foi nomeado em 9 de agosto de 2012, em substituição ao primeiro-ministro Riad Hijab, que abandonou o regime em protesto contra a repressão da rebelião popular iniciada em março de 2011.