Rompimento de barragem

'Principal questão a ser resolvida é a dos atingidos', diz Jarbas Soares sobre acordo de Mariana

Pedro Faria
pfaria@Hojeemdia.com.br
13/02/2023 às 13:49.
Atualizado em 13/02/2023 às 14:19
 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

Quase 8 anos após o rompimento da barragem de Mariana, um novo acordo para reparação dos atingidos está sendo firmado. As famílias das 19 vítimas, além das milhares de pessoas que foram afetadas pelo acidente seguem cobrando das autoridades que o documento seja finalizado.

Presente na cerimônia realizada pelo Ministério Público na manhã desta segunda-feira (13), o Procurador-Geral do Estado, Jarbas Soares, destacou a importância da agilidade de firmar esse novo acordo. “O acordo depende da posição do governo federal. Está na mesa principalmente a ação do Ministério Público Federal com nosso apoio. Os estados têm seus interesses econômicos e a União também. As pessoas confundem as perdas econômicas com os atingidos, são coisas diferentes”, disse.

Para o Procurador, não se pode esquecer das pessoas que foram afetadas. “Tem a questão ambiental e dos atingidos. Para nós, a principal é dos atingidos, muitos deles ainda hoje sem casa. Do outro lado também tem a reparação ambiental, seja in natura ou por reparação financeira. E paralelo o acordo com o estado”, explicou.

Acordo de Brumadinho

Um novo acordo de reparação para os atingidos pelo rompimento da Barragem está em negociação desde 2021. A tragédia de Mariana ocorreu em novembro de 2015, quando o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco causou a morte de 19 pessoas e gerou impactos em dezenas de cidades mineiras e capixabas situadas na Bacia do Rio Doce.

A negociação do novo acordo de reparação se dá no âmbito de uma mediação conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As tratativas envolvem a Samarco, suas acionistas Vale e BHP Billiton, representantes dos governos, dos tribunais de Justiça, dos ministérios públicos e das defensorias públicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, além do Ministério Público Federal (MPF) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por