Proacesso e mobilidade nas estradas de Minas Gerais

Hoje em Dia
18/02/2014 às 06:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:05

Na entrevista de segunda-feira do Hoje em Dia, o pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, afirma que quer cuidar das estradas mineiras como foram cuidadas nos governos Aécio Neves e Antonio Anastasia, “que conseguiram a façanha extraordinária de ligar todos os municípios mineiros por asfalto”.

Em 2003, ao assumir o governo, Aécio preocupou-se com a situação das 225 cidades mineiras que não tinham ligação asfaltada com rodovias. Um dos primeiros programas de seu governo foi o Proacesso. Até o dia 31 do mês passado, conforme o DER-MG, responsável pela execução do programa, foram pavimentados 5.225 quilômetros, com investimentos de mais de R$ 3,8 bilhões.

Um fato realmente extraordinário, que, com 95% do programa já concluído, beneficiou mais de 1,9 milhão de moradores de cidades pequenas de todas as regiões mineiras. Mas em sete cidades as obras continuam em andamento. Talvez fiquem prontas até as eleições. Se não, mas se Pimenta for eleito, logo estarão, pois uma de suas promessas, na entrevista, é melhorar a mobilidade em Minas.

Dando o tom da próxima campanha eleitoral, Pimenta da Veiga afirma que “é impressionante como o governo do PT virou as costas para Minas”. Ele exemplificou com a situação das rodovias federais que cortam o território mineiro e que “são as piores do Estado”.

Quando o DER-MG concluir o Proacesso, se o DNIT permanecer como tem agido até o momento, algumas cidades mineiras servidas por rodovias federais não asfaltadas continuarão reclamando de sua falta. Os trechos dessas rodovias sem asfalto somam 158 quilômetros. Eles deixam os moradores de Minas Novas, Montalvânia, Salto da Divisa e São João das Missões trafegando em pistas de terra, nas ligações, respectivamente, com Chapada Norte, Manga, Jacinto e Itacarambi.

Pimenta tem razão ao criticar o descaso federal com as rodovias mineiras e, mais ainda, com o metrô de Belo Horizonte. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, destacou o pré-candidato do PSDB, não houve um metro novo de metrô, “e a mobilidade na região metropolitana é o problema mais severo que existe”.

A expectativa de Pimenta é que pela primeira vez, desde JK, será eleito um presidente da República pelo voto direto que seja “mineiro de alma mineira, que conhece os problemas do Estado”. Com sua própria eleição e a de Aécio, afirma o pré-candidato, os governos federal e estadual poderão se integrar com prefeituras da região metropolitana e fazer “uma estupenda rede de metrô”.

É uma promessa que os eleitores deveriam cobrar com firmeza a partir do próximo ano, quaisquer que sejam os vitoriosos nas urnas. Pois todos eles reconhecem que a mobilidade urbana está entre as prioridades da população, tanto que não há um que não tenha feito promessas para melhorá-la no seu governo.
 

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