Produção de cachaça com alta tecnologia na região

Jornal O Norte
31/10/2005 às 16:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:53

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Produtores satisfeitos com a tecnologia em suas propriedades. Assim o produtor, Rodolfo Rebelo, se mostrou durante o Prosa & Lucro na noite de quinta-feira. Com um software elaborado pela Universidade federal de Viçosa e pelo ministério da Agricultura, e com uma estação metereológica em suas propriedades, o produtor rural tem alcançado sucesso em suas atividades.

Ele que começou do zero, hoje tem sido exemplo para quem busca informações e aplica em seus negócios. A estação metereológica permite que o produtor saiba a quantidade exata de insumos a ser aplicados, a velocidade do vento, a quantidade de água entre outros dados importantes na hora de começar um plantio.

Durante o Prosa & Lucro ele mostrou aos presentes que é preciso haver planejamento estratégico para gerir a propriedade, além de definir onde quer chegar com suas produções. Hoje esse produtor trabalha com selo de origem e com fruta com rastreabilidade exigida pelo Carrefour, com quem mantém negócios bem como com a empresa Pão de açúcar delivery.

O bate papo do Prosa & Lucro teve a presença de Roberto Santiago, neto de Anízio Santiago, dono da cachaça Havana, que falou sobre a origem da cachaça no Brasil e ainda contou um pouco da história da cachaça mais tradicional do Brasil.

INCLUSÃO

Em sua palestra, Santiago lembrou que hoje a cachaça está em todos os extratos sociais, o que não acontecia no século XVI, época em que só os escravos a bebiam. Roberto estará lançando em janeiro o seu livro que conta toda a trajetória da cachaça Havana. Foram dois anos de pesquisa para escrever esse livro que tem 257 páginas.

Ele lembra que a cachaça Havana custa cerca de mil reais, sendo que por ocorrência de não registro da marca, a mesma Havana passou a se chamar Anísio Santiago. O diferencial está apenas no preço.

- A Anísio Santiago custa de R$ 200 a R$ 250 e tem o mesmo sabor - garante.

Segundo ele, pode-se dizer que a cachaça cresceu junto com o Brasil, já que os escravos trouxeram-na em 1530.

- Num primeiro momento, mesmo com os portugueses apreciando essa bebida popular entre os negros, de maneira tímida, não foi possível proibir definitivamente sua circulação nas cortes, graças ao seu sabor - diz.

A evolução da cachaça se dá até hoje de acordo com os caminhos desenvolvimentistas que o Brasil toma. Os dados confirmam que, a cada ano, é crescente o número de cachaçarias no país.

- O estado de São Paulo é o lugar onde se concentra o maior número delas. Em Montes Claros existem cerca de três - afirma Roberto.

Ele comemora a implantação do curso superior de Produção de cachaça na escola Agrotécnica de Salinas e diz que essa é mais uma forma de profissionalizar essa produção que é cada vez mais crescente e valorizada na região e no país.

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