(Mariana Durães)
Professores da educação infantil municipal de BH decidiram, em assembleia na tarde desta quinta-feira (3), pela continuidade da greve. Uma caminhada será feita até a porta da prefeitura.
Durante reunião, os docentes rejeitaram a proposta da PBH que falava em aumento de até 20% nos salários.
“Isso para nós não é proposta. Não nos atende no que queremos, que é a equiparação de carreira. Então a greve continua”, afirmou Patrícia Maciel, que é membro do comando de greve e professora da rede há 14 anos.
Atualmente, um professor que está começando, recebe R$1.431, por 22 horas e meia semanais. Na proposta do prefeito, seriam 4 níveis a mais e o salário aumentaria cerca de R$230.
Para os docentes, o ideal seria a carreira única e não o aumento. Com a equiparação, de 10 níveis, o salário chegaria a R$2.252,42.
Segundo o levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-rede), atualmente, pelo menos 80% dos profissionais estão paralisados. A expectativa é de que com a continuidade do movimento este número aumente.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que a reivindicação dos professores acarretaria um aumento de 55% no salário e impacto de R$ 80 milhões por ano aos cofres públicos. Ainda segundo a PBH, a proposta apresentada havia assumido o compromisso em “retomar imediatamente a tramitação, na Câmara Municipal, do projeto de lei Nº 442 com incorporação de ganhos aos vencimentos básicos. Mas que estava condicionada ao retorno imediato das aulas e que novas negociações podem ser agendadas após o retorno das aulas.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 74% das Umeis tiveram funcionamento normal ou parcial nesta quinta-feira (3).