(Toninho Almada)
As tendências de valorização de determinadas carreiras e profissões são mais fortes que a crise econômica. Embora seja impossível desprezar o impacto da recessão nas taxas de emprego, algumas áreas do conhecimento podem se beneficiar de períodos onde a ordem é a inovação, a reinvenção de processos, e a redução de custos.
Tecnologia da Informação (TI), controladoria financeira, marketing, administração, logística e contabilidade. Todas as carreiras dentro dessas áreas do conhecimento, se aliadas a um currículo que converge com as exigências de qualificação do mercado, terão um 2016 de boas perspectivas e seus profissionais serão disputados pelas empresas.
“A área financeira, como controladoria e finanças, é uma das mais visadas agora, em um momento onde as empresas buscam eficiência, melhoria de processos. Isso envolve administradores, contadores e economistas. Existe, ainda, um momento muito bom para a área de marketing, sobretudo o digital, que envolve o comércio eletrônico e está muito em alta”, disse a coordenadora do Ibmec Carreiras, Fernanda Schroder.
Ela explica qual é o perfil do profissional desejado pelo mercado e lembra que muitas características antes consideradas um diferencial, hoje são básicas. “Há um tripé de competências que todo profissional deve ter, composto por idioma, qualificação técnica e compromisso. A flexibilidade, tanto de horário como de função, é algo que soma”, afirmou.
Movimentos globais do mercado, como a confecção de produtos inovadores e a automação de processos, fortalecem a área de Tecnologia da Informação, que ganha fôlego para atravessar a crise no país.
Transformação
“Nessa área de conhecimento há um movimento de crescimento muito forte e que acaba sendo acelerado pela crise, que exige de muitas empresas uma transformação quase completa dos negócios, e isso está ligado ao redesenho da empresa e dos produtos. Além dos profissionais de TI, isso reflete também nos administradores”, observou a professora do MBA do Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), Silmara Agda Pereira.
Não importa a conjuntura econômica, algumas profissões estão sempre em alta, como é o caso da medicina e da advocacia. No caso da medicina, a escassez de profissionais dado o tamanho do mercado brasileiro, é uma das causas, além do amplo leque de possibilidades de especialização.
As várias áreas do conhecimento em uma mesma profissão também beneficia a advocacia, hoje muito valorizada no segmento de negociação e gestão de contratos. Na área de saúde, uma forte corrente de vida saudável abre mercado também para nutricionistas e farmacêuticos.