Projeto Jaíba se prepara para exportar manga

Jornal O Norte
09/11/2010 às 18:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:43

Além do limão, agricultores familiares do Projeto Jaíba assistidos pela Emater-MG – Empresa de assistência técnica e extensão rural do estado de Minas Gerais se preparam para atender a demanda do mercado externo e estão investindo também na produção de manga palmer. Depois da certificação da PIF – Produção integrada de frutas, conquistaram agora o principal selo de certificação para a venda de alimentos na Europa, o Globalgap. Até o momento, três deles fizeram as adequações físicas necessárias na propriedade e conseguiram o selo. O extensionista da Emater-MG local, Idelmar Pereira da Silva, explica que os compradores internacionais querem se assegurar de que estão adquirindo produtos com rastreabilidade desde a origem de produção.

- A certificação é uma garantia de procedência do produto. Significa que a produção pode ser rastreada, visando qualidade e maior segurança alimentar - diz.

O selo Globalgap é um sistema europeu de gestão de qualidade que tem como finalidade principal assegurar alimentos sustentáveis e seguros para os seus consumidores. As normas para obter esse selo de qualidade e origem abrangem três áreas principais: segurança alimentar, com a análise de riscos e pontos críticos de controle; proteção ambiental, visando minimizar o impacto negativo da produção agrícola no meio ambiente; e saúde, segurança e bem-estar ocupacional.

Segundo Idelmar, para obter a certificação, os produtores de manga palmer do Jaíba já adotaram melhorias mínimas em suas propriedades como a construção de banheiros; sala de estoque de defensivos, equipamentos de proteção individual (EPI’s), embalagens e fertilizantes, além de fossas sépticas; lavatórios de equipamentos e tratamento da água utilizada na limpeza do maquinário.

EXPECTATIVA FAVORÁVEL

Dono de uma propriedade de 180 hectares, Manoel Ferraz, associado à Centraljai – Central de processamento e comercialização do Projeto Jaíba, é um dos produtores apto a exportar manga palmer. Após cumprir as exigências de melhorias na propriedade, ele conseguiu a certificação. Ferraz cultiva 15 hectares da variedade palmer e espera superar a experiência deste ano, quando vendeu para o mercado externo cerca de cem toneladas da fruta, com preços variando entre R$ 1,40 a R$ 1,70 o quilo.

Para 2011, a expectativa de Manoel é avançar um pouco mais. - Esse segundo ano de produção deve ser melhor e espero exportar 120 toneladas, a partir de julho, revela. O produtor, que já produz limão para exportação, também investe na plantação de manga haden e tommy para o mercado interno e se prepara para a construção de um galpão e a compra de um equipamento de seleção das frutas.

De acordo com o gerente regional da Emater-MG do Jaíba, Ivan Alves de Souza, para a próxima safra, estima-se uma produção de 960 toneladas de manga palmer, considerando apenas os atuais produtores familiares certificados do Jaíba e a área total plantada de 32 hectares. Segundo ele, produzir mangas para exportar pode ser um excelente negócio.

- Desde que o câmbio esteja favorável - pondera.

No total, a Emater-MG presta assistência a aproximadamente 600 agricultores familiares que produzem limão, sendo que, 14 deles possuem a certificação Globalgap/PIF para exportação. Além do acompanhamento do manejo adequado da cultura, no que se refere aos tratos culturais, a empresa incentiva o uso racional da água de irrigação e ainda orienta no preenchimento das planilhas de acompanhamento da produção. As frutas do Jaíba são exportadas principalmente para Portugal, Espanha e Alemanha, de acordo o técnico da Emater-MG. (Ascom Emater)

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por