Projeto Pequeno Cidadão chega ao seu segundo disco

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
02/01/2013 às 08:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:13
 (Nicole Heiniger e Fernando/Divulgação)

(Nicole Heiniger e Fernando/Divulgação)

Para um músico de sucesso, é muito difícil acompanhar o crescimento dos filhos. As turnês não permitem. Mas Edgar Scandurra encontrou uma solução com seus amigos Arnaldo Antunes, Antonio Pinto e Taciana Barros: ter um projeto musical com os seus descendentes, o Pequeno Cidadão. “É uma oportunidade de ter meus filhos mais próximos a mim. Viajo muito, faço turnês pelo exterior e, quando volto, vejo meus filhos com cabelo diferente e voz transformada”, diz Scandurra, um pai de quatro filhos.

Iniciado em 2008, o projeto chega a seu segundo disco, “Pequeno Cidadão 2”, mas dessa vez sem a família de Arnaldo Antunes (o músico faz apenas uma participação, assim como Carlinhos Brown).

Agora, como as crianças cresceram (hoje, registram entre 8 e 13 anos), elas participaram ainda mais da criação, especialmente nas composições. Os temas ainda se reportam ao universo infantil, mas com referências que fazem mais sentido à “segunda infância”: skate, programa de computador, a “língua do P”, os vários outros idiomas. “Mas não são músicas para meninos de oito ou 13 anos. Elas têm um aspecto lúdico que acompanha toda a infância”, diz o guitarrista.

Férias

Com vários shows marcados em janeiro (como os já agendados para São Paulo, Brasília e Salvador), o Pequeno Cidadão se torna um trabalho e uma brincadeira de férias entre pais e filhos. “É um projeto estético que nos aproxima muito. É legal quando compomos as músicas e é muito bacana pegar estrada para fazermos esses shows juntos. Eles ficam conosco no hotel, acompanham o ritmo de estrada. Um prazer”, diz Scandurra, que chamou ainda o filho mais velho, o baixista Daniel, de 23 anos, para essa segunda etapa do projeto.

Pré-adolescência

As expectativas dos meninos sobre o Pequeno Cidadão variam. Joca, o filho de 13 anos de Scandurra, por exemplo, já não enxerga a ideia da mesma forma.

“Ele já está reticente, não quer mostrar as músicas para os amigos. Já se sente um adulto, quer mesmo é fazer um rap agora”, conta o pai paciente. Já a filha mais nova, Estela, de oito anos, demonstra ser uma estrela dentro do grupo. “Ela será cantora ou atriz”, prevê ele. “Ella se entrosa muito bem com o palco”.

Além do disco, o projeto tem outros braços. Há um aplicativo para Iphone e Ipad com 14 animações do primeiro CD e a inédita “Pirou na Batatinha”, do segundo álbum. Outro lançamento é o livro “SK8”, inspirado na música homônima, com fotos e descrições de manobras de skate.

Também está sendo desenvolvido um programa de culinária infantil chamado “Pirou na Batatinha”, que será apresentado por Luzia, 11 anos, filha de Taciana Barros. Será realizado ainda um filme sobre o projeto, com imagens de bastidores e dos shows.

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