Um mês após ser condenado por homicídio culposo, livrando-se das acusações de que teria premeditado o assassinato de Reeva Steenkamp, Oscar Pistorius voltou ao Tribunal de Pretória, na África do Sul, na segunda-feira (13), para dar início às sessões que definirão sua sentença. Nesta quarta-feira (15), Gerrie Nel, promotor do julgamento do atleta, pediu para que seja aplicada uma pena severa.
Além de pedir uma punição mais dura, Nel fez seu depoimento se posicionando totalmente contra os argumentos de defesa do velocista, que pediram prisão domiciliar por alegar que a prisão comum não seria adequada para uma pessoa com necessidades especiais.
A prisão domiciliar foi sugerida por Annette Vergeer, funcionária de vigilância penitenciária, que ainda citou que o prazo de três anos, junto com a condenação à realização de trabalhos de interesse geral, seria uma boa punição para o sul-africano.
Opondo-se à pena leve, o promotor explicou que Pistorius não seria colocado na mesma cela utilizada por prisioneiros perigosos e que ficaria em um lugar adaptado para sua deficiência. Nel ainda disse que o velocista poderia continuar com o tratamento psicológico na cadeia e finalizou ressaltando a necessidade de uma pena mais grave.
“Se a sentença desta corte for muito leve, a sociedade vai perder o respeito pela justiça", disse o promotor.