Uma promotora francesa recomendou o encerramento de uma investigação sobre se o líder palestino Yasser Arafat foi envenenado há dez anos, após não ter conseguido evidências suficientes para acusar ninguém.
Durante três anos, juízes investigadores avaliaram as circunstâncias da morte do líder e não encontraram motivos para julgar ninguém, disse Emmanuelle Lepissier, vice-promotora em Nanterre, um subúrbio de Paris. Os magistrados realizaram vários testes, incluindo uma análise dos restos mortais de Arafat, mas não uma autópsia completa, disse ela hoje. Agora, os juízes precisam validar a decisão.
A viúva de Arafat, Suha, e a filha dela Zahwa apresentaram a queixa de homicídio em 2012, após uma equipe médica da Suíça levantar a suspeita de envenenamento com o isótopo radioativo polônio 210. A mulher de Arafat pretende recorrer e considera que a investigação não terminou, segundo um dos advogados dela, Renaud Semerdjian. "Não há nada na investigação para declarar que ele não foi envenenado", comentou ele.
No fim de 2013, um relatório médico francês rechaçou a possibilidade de envenenamento, após analisar os restos mortais exumados em novembro de 2012. O relatório disse que o nível acima da média do polônio 210 pode ter sido resultante de uma fonte natural no ambiente.
Arafat morreu em 2004, num hospital militar perto de Paris, e desde então houve várias teorias conspiratórias envolvendo o caso. Durante suas quatro décadas de liderança do movimento palestino pela independência, Arafat teve muitos confrontos com Israel, bem como com facções dentro do próprio movimento palestino. Fonte: Dow Jones Newswires.
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