Protestos de minoria da Índia perdem força, após 12 mortes e concessões oficiais

Estadão Conteúdo
22/02/2016 às 14:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:31

Autoridades no Estado de Haryana, no norte da Índia, começaram nesta segunda-feira (22) a reverter o toque de recolher em importantes cidades, enquanto manifestantes retiravam gradualmente bloqueios nas estradas, após 12 pessoas morrerem em confrontos durante manifestações por benefícios do governo.

As forças oficiais também asseguraram o controle de um canal no Estado de Haryana, que fornece 60% da água consumida por Nova Délhi, o que reduziu os temores de que pudesse ser prejudicado o abastecimento na capital indiana. O ministro-chefe de Nova Délhi, Arvind Kejriwal, disse que os engenheiros reparavam trechos de um reservatório danificado pelos manifestantes.

A situação melhorou no distrito Rohtak, onde houve a maioria dos ataques dos manifestantes da comunidade Jat, que exigiam cotas de emprego e vagas em instituições educacionais, disse o oficial de polícia Saurabh Singh.

O toque de recolher foi retirado nas cidades de Hissar e Hansi, após três dias de violência. Grupos de manifestantes queimaram pneus, atearam fogo a agências de bancos, estações ferroviárias, lojas e postos de gasolina.

Pelo menos 12 pessoas foram mortas pelas forças de segurança da Índia por disparos contra os manifestantes desde a sexta-feira, disse no domingo o secretário de Interior estadual, P. K. Das. Outros 150 manifestantes se feriram em confrontos em várias áreas do Estado.

O governo estadual aceitou as demandas de 27% de cotas de trabalho. Com isso, as lideranças Jat devem realizar uma reunião e encerrar formalmente os protestos. A comunidade representa quase 29% da população de 25 milhões do Estado de Haryana. A Constituição indiana inclui um sistema de ação afirmativa para pessoas de castas mais baixas, para superar a discriminação no país. O governo expandiu o número de grupos, entre eles os Jats, que se qualificam para essas cotas.  

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