Após ouvir pessoas envolvidas no caso, a Comissão de Acompanhamento do PSB decidiu manter o prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, nos quadros do partido. O grupo concluiu que não houve “descumprimento de dever” em relação à legenda. Qualquer outra decisão sobre a filiação ficará para após análise de processos no Judiciário.
Formada por outros nomes importantes da legenda em Minas, como os deputados estaduais Roberto Andrade e Wander Borges, os prefeitos Ivair de Almeida Cerqueira Neto (Conselheiro Lafaiete) e Fernando Pereira (Lagoa Santa) e o deputado federal Sérgio Lúcio de Almeida, além do suplente de deputado federal Isaías Silvestre, a Comissão analisou três fatos imputados ao prefeito.
O primeiro deles diz respeito a supostas ameaças a testemunhas para obstruir a Justiça. Também analisou acusação de desvio de recursos públicos que favoreceriam um hospital de propriedade de Ruy Muniz e a possível retenção de recursos que deveriam ser repassados a hospitais de Montes Claros.
Com relação à primeira acusação, a Comissão do PSB não constatou nenhuma ação do prefeito afastado “no sentido de coagir, constranger ou impedir que quaisquer das partes envolvidas testemunhassem contra ele”.
O grupo também expressou que haveria, por parte dos dirigentes dos outros hospitais “apenas suposições de conduta ilícita”. Nenhuma evidência substancial foi apontada pelos dirigentes ouvidos, segundo a Comissão. Quanto à acusação de retenção de recursos, a Comissão entendeu que a complexidade do caso não permitiria que seus integrantes opinassem sobre o tema.