Cerca de 8,9 mil taxistas foram cadastrados para receber o Benefício Emergencial aos Motoristas de Táxis (BEm Taxista), de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte. O benefício, que será fornecido pelo Governo Federal, prevê o pagamento de até R$ 1 mil e será feito mensalmente a partir de 16 de agosto, quando os motoristas aprovados em uma primeira etapa receberão duas parcelas.
O valor dos próximos meses poderá ser ajustado dependendo do número de taxistas cadastrados, já que o programa possui limite de recursos de R$ 2 bilhões.
Paulo Alves dos Reis, de 72 anos, é taxista há 32 e já se cadastrou na PBH. "Caso eu seja aprovado, o valor vai ajudar muito no orçamento. A baixa no preço da gasolina já ajudou, mas ainda precisamos de um reforço para outros gastos, como o botijão de gás. Também sofremos muito no período da pandemia, quando as viagens diminuíram, e o auxílio cobriria uma parte destas perdas", disse.
O profissional também ressaltou a importância do valor para manter a "ferramenta de trabalho" em dia. "É importante dar manutenção no carro e trocar o veículo de tempos em tempos. Esse valor vai ajudar a pagar as prestações".
O prazo de cadastramento nas prefeituras terminou na última terça-feira (2). De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, 301.505 motoristas foram cadastrados em todo o Brasil.
Entretanto, a pasta ressaltou que os dados ainda serão analisados pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) para identificação dos profissionais elegíveis.
PEC Kamikaze
O auxílio-taxista foi previsto pela chamada PEC Kamikaze, que decretou estado de emergência e aumentou as despesas do Governo Federal em R$ 41,25 bilhões, furando o previsto pelo teto de gastos.
Além da ajuda financeira aos taxistas, o governo também publicou uma portaria regulamentando o pagamento de benefício a caminhoneiros, que deve começar na próxima terça-feira (9) em seis parcelas mensais de R$ 1 mil.
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