Queda na inflação influencia preços dos alimentos

Jornal O Norte
24/08/2010 às 09:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:36

Janaína Gonçalves


Repórter

De acordo com cálculo do IBGE - Instituto brasileiro de Geografia e Estatística, houve uma queda da inflação dos alimentos.  Conforme o IPCA-15 - Índice de preços ao consumidor amplo, os grupos alimentação e bebidas apresentaram recuo de 0,68%, puxando o índice para baixo, e uma variação mensal de - 0,05%.

A queda se deve ao período conhecido como safra, que tem dias menores e sol ameno, o que propicia o aumento da produção e queda nos preços. Graças a isso, as verduras e frutas agora estão com mais ofertas e com procura em alta, é o que revela o encarregado da Ceanorte - Central de abastecimento de Montes Claros, Elizeno Malheiros.

Quem mais percebe os reflexos da safra são as donas de casa e os sacoleiros.

- As maiores quedas foram na batata-inglesa (-22,06%), tomate (-21,89%), cebola (-9,26%) e hortaliças (-8%). Já o chuchu caiu de R$25 para R$15 a caixa de 22k,  a cenoura  está hoje a R$10  a caixa de 22k,  o alho também caiu, podendo ser encontrado de R$ 6 o quilo. Por outro lado, a mexerica,  que esteve a R$ 8 kg, como está terminando a safra, teve uma aumento, podendo ser encontrada por R$17 - afirma  o encarregado.

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, referência que o banco Central utiliza para fixar as metas de inflação. A autoridade financeira utiliza a Selic - Sistema especial de liquidação e de custódia para conter a pressão inflacionária, de modo a manter o índice dentro das metas estabelecidas pelo governo. Para este ano foi fixada em 4,5%.

Com o resultado divulgado na semana passada, o índice acumula alta no ano de 3,26%, maior que a registrada no mesmo período de 2009. A taxa foi puxada pela desaceleração nos preços dos alimentos, que continuam caindo. O ritmo de queda registrou aceleração, pois em junho apresentou variação de –0,42% e, em julho, de –0,8%. Segundo o encarregado, são 930 produtores rurais trabalhando na central, que, por semana, chegam a comercializar até R$700 mil. O período da safra continua estável ate o mês de novembro - conclui.

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