(Lucas Borges)
Em meio a crise na relação entre PT e MDB, aliados históricos em Minas Gerais, o deputado federal Leonardo Quintão reafirmou nesta segunda-feira (7), a intenção do partido em lançar uma candidatura própria ao governo e ao Senado.
Quintão, inclusive, destacou que é uma das opções do partido para encabeçar a chapa, caso a ruptura da aliança em torno da reeleição de Fernando Pimentel (PT) se confirme.
"O meu nome está à disposição. Nós vamos para a convenção, temos o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, e o vice-governador, e presidente do partido (em MG), Antônio Andrade, que também colocaram os nomes à disposição na convenção do partido, no mês de junho", afirma.
Divisão
O impasse entre a candidatura majoritária ao executivo e a manutenção do apoio a Pimentel teve início em 2016, quando o vice-governador Antônio Andrade (MDB) rompeu relações com o atual governador.
Desde então, Andrade vem liderando a ala em prol da candidatura própria. Entretanto, outros membros do partido se mostram receosos com o fim do apoio à Pimentel, temendo encontrar dificuldades, inclusive, para conseguir a reeleição para ocupar uma cadeira na Assembleia.
Em relação a qual decisão vai apoiar na convenção do partido, em junho, Quintão foi enfático, destacando a importância de o partido assumir o protagonismo no estado.
"Eu sou do MDB, e estou trabalhando para que o MDB tenha propostas para o povo mineiro e tenha candidatura própria, tanto para o governo do Estado, quanto para o Senado. Partido que não tem candidato é partido que não deve existir. Partido tem que ter proposta para o povo".
Prévias
No dia 1º de maio, o MDB-MG realizou um prévia, em que 97% dos filiados presentes votaram pela candidatura majoritária no pleito de outubro.
Na mesma semana, em conversa com o Hoje em Dia, o deputado estadual Vanderlei Miranda (MDB) minimizou os efeitos práticos da prévia.
Miranda argumentou que apenas dois deputados federais e dois estaduais compareceram a reunião, e que uma definicição sobre o posicionamento do partido nas eleições só acontecerá na convenção.
Um dos presentes na prévia, Quintão preferiu evitar polêmica com o colega de partido, destacando a necessidade de união da legenda, em meio ao conturbado cenário político que o estado atravessa.
"O que o povo de Minas menos precisa agora é de turbulência política. Precisamos unir forças para ajudar o governador, o vice-governador, o presidente da Assembleia a melhorar qualidade de vida do povo mineiro. Sou a favor de tocarmos, da melhor maneira possível esse compromisso eleitoral até o final do mandato, e deixar as questões eleitorais para o momento eleitoral".