O Ceará não racionava água há 20 anos e neste mês de março resolveu adotar a medida para evitar o colapso total em áreas urbanas de cidades mais afetadas pela seca. O racionamento começou pelas cidades de Pacoti e Quiterianópolis, que estão recebendo água dia sim e dia não, e pode ser estendido para outras regiões do Estado caso os açudes não recebam água com urgência. O racionamento em Fortaleza está descartado.
Hoje quase dois milhões dos mais de oito milhões de cearenses estão sentindo os efeitos da seca que acontece desde o ano passado. Boletim da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) aponta que apenas 45% da capacidade dos reservatórios acumulavam água em março. Com a vaporização e a falta de chuva a situação tende a ficar mais crítica em bacias que hoje estão com menos de 20% da capacidade de armazenamento, como as do Curu (19%) e do Crateús (15%). A seca afeta com mais gravidade 174 dos 184 municípios cearenses.
Grandes cidades como Sobral e Crateús estão ameaçadas de entrar no racionamento ainda neste mês. Também na lista para racionamento encontra-se os municípios de Beberibe, Acopiara, Caridade, Irauçuba, Itapagé, Itatira, Milhã, Pacoti, Paracuru, Quiterianópolis, Salitre, Tauá e Baturité. Em estado de alerta estão as cidades de Alcântara, Antonina do Norte, Catunda, Coreaú, Crateús, Fortim, Ibaretama, Moraújo, Pacujá, Palmácia, Parambu, Pecém, Pereiro e Potiretama.
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