(Juan Cevallos/AFP)
BRASÍLIA - O presidente do Equador, Rafael Correa, de 49 anos, anunciou oficialmente que concorrerá, pela segunda vez, à reeleição. Acompanhado por colaboradores e simpatizantes, Correa percorreu de bicicleta o trajeto de 6 quilômetros (km) do palácio presidencial até o edifício do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável por supervisionar as eleições.
Correa deve disputar as eleições com Guillermo Lasso, empresário e ex-banqueiro, que ainda não anunciou formalmente a candidatura. As eleições presidenciais devem ocorrer em fevereiro de 2013. De acordo com levantamento feito por um instituto de pesquisas privado do país, Correa detém 55% das intenções de voto, contra 23% de Lasso.
Correa estudou na Europa e nos Estados Unidos e assumiu o governo em 2006. Anteriormente, perdeu as eleições para o empresário e milionário Álvaro Noboa. O governo Correa se caracteriza pela centralização do poder e pela defesa do nacionalismo. Em 2010, foi atingido por uma crise política gerada por manifestações de policiais.
Os policiais protestaram contra o corte de benefícios e a redução de salários definidos em decreto presidencial. Houve tentativas de agressão a Correa, pedradas e bombas de gás lacrimogêneo, mas ele acabou levado a um hospital militar, permanecendo isolado sob a proteção de guarda-costas.
Na ocasisão, Correa determinou estado de emergência no país e ameaçou dissolver a Assembleia Nacional em meio a denúncias de tentativa de golpe de Estado. Integrantes do Mercosul e da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestaram apoio ao presidente.