Raimundos abre turnê comemorativa de 25 anos do primeiro disco em Belo Horizontes

Lucas Buzatti
15/01/2019 às 07:00.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:01
 (Denis Ono/Divulgação)

(Denis Ono/Divulgação)

Uma das atrações nacionais mais esperadas do Planeta Brasil é o Raimundos, que comemora 25 anos do lançamento do primeiro disco da banda. Para a celebração, o grupo convocou o baterista Fred, da formação original, que durante a turnê dividirá o palco com o atual baterista, Caio.

“A ideia é dar um presente para os fãs, tocando o disco todo. Para chegar o mais próximo da formação original, chamamos o Fred, que topou na hora”, conta o baixista Canisso, um dos fundadores remanescentes do Raimundos, ao lado do vocalista e guitarrista Digão. A primeira formação ainda contava com o vocalista Rodolfo Abrantes, que deixou a banda em 2001 para se dedicar à música gospel.

Sobre o show no Planeta Brasil, Canisso ressalta que será o primeiro da turnê comemorativa. “Os ensaios começam na semana que vem. Vamos todos para Brasília (cidade onde a banda nasceu), recuperar as energias no Cerrado”, afirma. 

“Ainda não sabemos como vai ser ao certo. Mas vamos juntar as duas formações e fazer um ‘bem bolado’, com o disco na íntegra e o melhor da banda hoje. Vou inclusive tocar com o baixo que eu gravei o álbum para buscar os timbres mais similares”, adianta.

Memórias

Sobre o emblemático álbum de estreia, Canisso destaca a independência conquistada junto ao produtor Miranda, falecido no ano passado. “A gente vinha fazendo certo alarde no underground e começamos a receber propostas de gravadoras. Mas todas queriam suavizar o som e ficávamos ‘de bode’, não queríamos fingir ser algo que não éramos. Aí o Miranda teve a ideia de gravar no estúdio dos Titãs e lançar pelo selo deles, o Banguelas”, relembra.

“Com eles, tivemos total liberdade de criação, além de toda uma estrutura técnica de primeira. É um disco em que a gente queria mostrar serviço, tocamos de forma urgente. Não tínhamos preocupação em fazer sucesso, só queríamos gravar”, continua Canisso. “O Miranda falava que o que ele fez no disco do Raimundos foi só deixar a gente livre para tocar. E essa liberdade deu certo e serviu de parâmetro para todo o resto da nossa carreira”. 

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