Reabertura do comércio está ligada à queda na taxa de ocupação dos leitos de UTIs em Belo Horizonte

Da Redação
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22/01/2021 às 15:47.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:59
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse que Belo Horizonte só irá retomar as atividades não essenciais quando os três indicadores de monitoramento da pandemia da Covid-19 estiverem no nível amarelo. A afirmação foi feita na tarde dessa quinta-feira (21), durante entrevista à RecordTV.

As taxas de ocupação de leitos e de transmissão da doença são considerados pela prefeitura para a tomada de decisões referentes à reabertura ou fechamento do comércio. No último boletim epidemiológico, divulgado na quinta-feira (21), dois deles – internações em enfermarias e o número médio de transmissão por infectado (Rt) – aparecem no nível amarelo. Apenas os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) permanecem em vermelho, indicador de alerta máximo.  

“Nós temos três velocímetros e temos um compromisso com os comerciantes. Já alcançamos dois no amarelo e estamos caminhando para o terceiro, o mais importante, que são as UTIs. Se isso acontecer, vamos reabrir a cidade de uma forma responsável. Foi um compromisso desde março do ano passado”, disse Kalil.

Cenário

Dos 585 leitos de UTIs reservados a pacientes com a doença, 81% estão ocupados em hospitais das redes pública e privada em BH. A taxa segue em estado de alerta máximo, mas vem registrando baixas desde quarta-feira (20). A ocupação, porém, segue acima dos 80% desde 31 de dezembro de 2020. Para que o índice volte ao nível amarelo, é preciso que a taxa fique abaixo dos 70%. 

“Temos esperança que, com as atitudes que foram tomadas, tudo dará certo. Não há nenhum setor culpado disso. São os negacionistas, os que fazem festas clandestinas, os que vão para balada, os que acham que não vai acontecer. Hoje nós temos um atendimento em uma média de 39 a 49 anos completamente assustadora”, acrescentou o prefeito.

Ajuda ao comércio

Kalil voltou a falar sobre a ajuda aos comerciantes, afetados diretamente pela pandemia do novo coronavírus. “Estamos tratando de não só isentar as pequenas taxas que atormentam o comércio e os prestadores de serviço, como o extermínio delas, que têm um peso grande para o pequeno e médio empresário, mas nenhum grande prejuízo para a prefeitura. Já empurramos o ITU para praticamente 2022 e se precisar empurraremos mais”, afirmou.

Durante uma reunião envolvendo representantes da prefeitura e do setor, realizada na tarde de quarta, o Executivo já havia informado que revisaria todas as taxas e preços públicos cobrados na capital, e que não descartaria até extinguir alguns.

A medida é um incentivo às atividades econômicas na cidade, focando na simplificação e desoneração dos serviços de forma ampla. Conforme a PBH, que não precisou quantos impostos serão avaliados, o estudo deve ser concluído em fevereiro.

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