Recall não tem prazo, mesmo que fábrica insinue o contrário

27/03/2016 às 15:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:39

Leitor do Auto Papo leu na coluna que os donos de automóveis relutam em leva-los para um recall. Segundo as próprias fábricas, pouco mais de 50% dos modelos envolvido são levados para o reparo gratuito, apesar de ser algum item que envolve segurança.

Por isso, ao comprar um carro usado, ligou para o SAC da fábrica e passou o número do chassis. E a informação foi de que o carro estava incluído num recall e que deveria ter sido levado à concessionária para a substituição do air bag. Segundo o SAC, se o carro se envolvesse num acidente com impacto frontal, um defeito no air bag provocaria um arremesso de estilhaços metálicos contra os ocupantes.

Ele comprou o carro e levou-o à concessionária para o reparo. Mas a oficina informou que o prazo de 180 dias do recall já tinha se esgotado e que iriam fazer um orçamento para a substituição dos dois air bags. Ele recusou pois no texto da coluna estava muito claro que o recall pode ser feito a qualquer momento dentro da vida útil do automóvel.

O leitor está certo e a concessionária está sendo desonesta ao preparar “orçamento” para substituição dos disparadores das bolsas infláveis. A fábrica realmente declara que o prazo máximo é de 180 dias, mas ela é obrigada, por lei, a realizar o reparo gratuitamente durante toda a vida do carro. Não existe, portanto, um prazo máximo para o recall.

Aliás, neste caso específico, a recomendação é para se levar quanto antes o carro para a concessionária pois este recall envolve os air bags fabricados pela Takata, milhões de automóveis foram envolvidos nesta falha dos disparadores. Uma deficiência neste componente faz com que um grande volume de pequenos pedaços metálicos seja arremetido contra os ocupantes do carro, a velocidades próximas de 300 km por hora.

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