(Carlos Bassan/Fotos Públicas)
O avanço do sarampo por todo o território nacional, com mais de 4 mil notificações neste ano, tem colocado em alerta os órgãos de saúde no país. Apenas em Minas, 30 casos já foram confirmados, sendo que 26 deles – 86% do total – ocorreram nos últimos 90 dias. Para tentar frear a doença, nova campanha de vacinação começará em uma semana.
A ação será dividida em duas etapas. De 7 a 25 de outubro, o foco será nas crianças de seis meses a 5 anos. A segunda fase, de 18 a 30 de novembro, com foco na população de 20 a 29 anos.
Em ambos os casos, haverá o chamado Dia D em duas datas: em 19 de outubro e em 30 de novembro.
Coordenadora do curso de Enfermagem das Faculdades Promove, em Belo Horizonte, a professora Débora Gomes Pinto reforça que a ação é fundamental para evitar que a situação atual do sarampo ganhe proporções ainda maiores.
“A única forma de prevenção, de fato, é através da imunização. Não há outra alternativa. Todos devem se vacinar e entender que se trata de uma doença séria, que traz conse-quências graves, como surdez, cegueira e alterações neurológicas, além de levar ao óbito”, r</CW>essalta a especialista. Editoria de Arte / N/A
Casos
A maioria das notificações de sarampo em Minas Gerais está relacionada à importação do vírus de pessoas que estiveram no Estado de São Paulo – onde estão mais de 90% dos casos de todo país – ou por contato direto com quatro doentes paulistas provenientes das cidades Jundiaí, São Bernardo do Campo e Araras.
As demais ocorrências são de Betim e Ribeirão das Neves (Grande BH), Unaí (Noroeste de Minas) e Muriaé (Zona da Mata), localidades onde não foram identificadas as origens de contato dos doentes.
Ao todo, 1.107 notificações em 183 municípios já foram registradas no território. Dessas, 593 estão em investigação e 488 foram descartadas.
No restante do Brasil, a incidência da doença em menores de 1 ano é dez vezes maior do que na população em geral. A cada 100 mil habitantes, 64 crianças nessa faixa etária obtiveram confirmação para o sarampo.
A segunda camada mais atingida é formada por pessoas de 1 a 4 anos. Três das quatro mortes pela enfermidade registradas neste ano, no país, foram de crianças menores de 12 meses e um indivíduo de 42 anos.
Rotina
Além da campanha que irá começar, a vacinação de rotina continua nos postos de saúde.
Dentre as situações que são consideradas prioridade estão as de dose zero, ou seja, todas as crianças de 6 a 11 meses e 29 dias.