Reunião de Teerã apela para 'diálogo nacional' na Síria

AFP
09/08/2012 às 19:38.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:20
 (AFP)

(AFP)

TEERÃ - Os representantes dos 29 países presentes nesta quinta-feira (09) na reunião sobre a Síria em Teerã, apelaram para um "diálogo nacional" entre a oposição e o governo sírio. O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, que presidiu a reunião "consultiva" com representantes da Rússia e China, aliadas do regime sírio, afirmou que "boa parte da oposição síria aceitou participar de um diálogo com o governo em Teerã sem condições prévias". Salehi afirmou que o Irã, aliado do presidente Bashar al-Assad, está em contato com grupos da oposição no interior da Síria e no exterior. O ministro sírio para a Reconciliação Nacional, Ali Heydar, deve se reunir com as autoridades iranianas para discutir o tema, segundo o ministro. "Queremos que eles (os opositores) sentem com o governo e cooperem para realizar reformas", disse.   Segundo Salehi, os participantes da reunião de Teerã expressaram sua "profunda preocupação quanto a continuidade da violência". "É um erro acreditar que pressionando (o regime) algo vai mudar", declarou, criticando a política de Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar e Turquia.   O Irã acusa estes países de fornecer armas aos rebeldes sírios. Já a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, denunciou o "papel nefasto" do Irã na crise síria e denunciou o "eixo de resistência" formado por Irã, o partido libanês Hezbollah e Síria.   Também participaram da reunião sete países árabes: Argélia, Iraque, Jordânia, Mauritânia, Omã, Sudão e Tunísia, além dos latino-americanos Venezuela, Cuba, Equador e Nicarágua. Um representante da ONU marcou presença.   Salehi criticou a política dos países ocidentais que, segundo ele, favorecem "o desenvolvimento do extremismo". "Se continuarem com esta política, um futuro sombrio aguarda o mundo", disse, comparando a Síria com o Afeganistão, onde a política ocidental favoreceu grupos extremistas, segundo ele.   A Síria está em crise desde março de 2011, quando os protestos iniciados contra o regime foram militarizados devido ao aumento da repressão

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por