Ex-deputado federal

Roberto Jefferson é denunciado por vários crimes, incluindo quatro tentativas de homicídio

Agência Brasil
Publicado em 07/12/2022 às 19:40.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi denunciado por quatro tentativas de homicídio, resistência qualificada, posse de arma de fogo e munição de uso restrito e permitido, além de posse e adulteração de granadas. A denúncia foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (7). Em 23 de outubro, quatro policiais federais foram recebidos a tiros e explosivos ao cumprir mandado de prisão no endereço de Jefferson na região serrana do RJ.

Os agentes tinham ido à cidade de Comendador Levy Gasparian para cumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na casa do ex-parlamentar, que usava tornozeleira eletrônica e vinha descumprindo a decisão judicial, com ataques em vídeo à ministra Cármen Lúcia.

No portão de casa, pelas câmeras de circuito interno de segurança, Roberto Jefferson grava um vídeo dizendo que não vai se entregar. Nesse momento, ele se posiciona na varanda da casa e, de lá, lança contra os policiais uma granada adulterada com pedaços de pregos cortados envoltos por fita adesiva. Ao retirar o pino do artefato, ele anunciou, de forma debochada, que a lançaria e gritou: "vocês estão juntinhos aí vão se machucar".

Depois de lançar a granada, o ex-deputado puxou uma carabina calibre 5.56 que estava escondida (abaixo da visão do muro), e começou a atirar em direção aos policiais, efetuando 30 disparos e esvaziando o primeiro carregador.

Mesmo com os gritos de "policial ferido", Roberto Jefferson não cessou o ataque, lançando mais duas granadas na direção dos policiais e, iniciando, em seguida, nova sessão de tiros de carabina, com cerca de 30 disparos na direção dos agentes federais.

Após os disparos de carabina e o lançamento das três granadas, o ex-parlamentar gravou novo vídeo, divulgado na internet, exibindo a viatura policial alvejada por vários disparos, além de uma grande poça de sangue próximo ao veículo.

Após se entregar e passar a noite na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio, Jefferson passou por audiência de custódia no dia seguinte, 24 de outubro, e foi encaminhado para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó.

O ex-deputado chegou ao presídio à noite, após o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, confirmar na audiência de custódia, por videoconferência, a prisão dele. O presídio é o mesmo para o qual, em 13 de agosto do ano passado, Roberto Jefferson foi levado em ação que investiga atos antidemocráticos na qual ele é réu.

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