A paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus de Porto Alegre chegou ao seu 15º dia nesta segunda-feira, 10. Durante o dia haverá mais uma tentativa de conciliação em reunião de representantes da categoria e das empresas no Tribunal Regional do Trabalho. E à noite, uma assembleia dos trabalhadores vai decidir pela continuidade ou suspensão do movimento. Ao amanhecer, um grupo de manifestantes se acorrentou diante da prefeitura para apoiar os grevistas.
O comando de greve e parte da categoria mostram-se dispostos a manter os veículos nas garagens das empresas por tempo indeterminado, na tentativa de obter o reajuste de 14% e redução da jornada de trabalho de sete horas e dez minutos para seis horas. Mas parte da base quer aceitar os 7,5% oferecidos pelas empresas, com manutenção da carga horária atual. Como a greve foi considerada ilegal pela Justiça, as empresas estão descontando os dias parados do salário dos rodoviários. Se o impasse prosseguir, poderá ser decidido pela Justiça, que julga o dissídio no dia 17.
Enquanto os ônibus estão parados, a população sofre com a nova rotina. Sob o calor inclemente dos últimos dias, com temperaturas próximas de 40 graus à tarde, pessoas que dependem de transporte coletivo esperam por até duas horas nas filas para embarcar nos microônibus do transporte seletivo, autorizados a carregar passageiros em pé, vans escolares, também autorizadas, e até clandestinas que passaram a oferecer o serviço.
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