Policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) apreenderam na quarta-feira (30) mais de 290 quilos de maconha, 35 de cocaína, 2 submetralhadoras, pistolas e revólveres em 5 casas da Rua Alto Paraguai, no Jaçanã, zona norte de São Paulo. A maioria do material foi apreendida em compartimentos secretos e duas pessoas foram presas.
Durante patrulha, a polícia percebeu que um homem havia corrido depois de ver a viatura. Ele foi abordado em sua casa na Rua Adutora Cabuçu, onde foi identificado como Rudnei Costa Silva, de 25 anos, foragido da Justiça por furto, roubo e tráfico de drogas. O suspeito denunciou que seu primo armazenava drogas e armas em cinco residências na Rua Alto Paraguai.
Ao checar a denúncia, a Rota encontrou em uma das casas um sistema de câmera de segurança que monitorava imagens da região e mais de 500 comprimidos de ecstasy, dentro de um cofre. Nas outras quatro casas da mesma rua, duas pistolas, dois revólveres e duas submetralhadoras foram encontradas, além de mais de R$ 29 mil e balanças de precisão para pesar a drogas. As casas tinham compartimentos secretos embaixo da pia ou da escada. Na última casa revistada, o armário tinha um fundo falso que dava para outro cômodo, onde além de drogas havia anotações sobre a movimentação financeira do tráfico.
O segundo suspeito que morava em uma das casas foi encontrado próximo dos locais da denúncia. Gledson Henrique Silva de Souza, de 29 anos, também foi preso. Cinco coletes à prova de bala, cartuchos, celulares e 2,3 quilos de crack também foram apreendidos. O material foi todo levado para a 6ª delegacia do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).
Policiamento
Desde segunda-feira (28) o policiamento está reforçado na região do Jaçanã depois que violentos protestos contra a morte do adolescente Douglas Martins Rodrigues, de 17 anos, por um policial militar, fecharam a Rodovia Fernão Dias e provocaram uma onda de destruição no bairro. Na terça-feira (29) houve toque de recolher e o comércio das principais vias da região fecharam as portas com medo de novos ataques. A participação do Primeiro Comando da Capital nas ações é investigada.
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