A Rússia respondeu neste sábado à mais recente rodada de sanções impostas pela União Europeia, dizendo que elas colocam em perigo a luta contra o terrorismo internacional. Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores acusa os Estados Unidos de espalhar mentiras sobre o envolvimento da Rússia na queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia.
As sanções da UE impõem proibições de viagens e congelamento de bens a 15 pessoas, incluindo Alexander Bortnikov, chefe do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) e Sergei Beseda, chefe do departamento de operações internacionais e atividade de inteligência. Quatro membros do Conselho de Segurança da Rússia também estão na lista.
O comunicado do Ministério russo afirma que as sanções mostram que a UE está virando as costas ao "trabalho conjunto com a Rússia na segurança nacional e internacional, incluindo a luta contra armas de destruição em massa, terrorismo e crime organizado". "Estamos certos de que a decisão será recebida com entusiasmo pelos terroristas internacionais", declarou o Ministério.
Em um depoimento separado, o Ministério declarou ainda que os Estados Unidos estão conduzindo "uma campanha implacável de calúnias contra a Rússia".
O texto dedica espaço aos comentários feitos na sexta-feira pelo porta-voz de Washington Josh Earnest, no qual ele diz que os russos são "culpáveis" pela derrubada do voo MH17 no leste da Ucrânia. O Ministério russo reclamou que essas acusações não são baseadas em evidências. "Em outras palavras, o regime de Washington está baseando suas acusações em especulação tirada da internet e que não corresponde a realidade", concluiu. Fonte: Associated Press.
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