São Clemente abusa de paradinhas e irreverência

Antonio Pita
12/02/2013 às 09:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:56

A São Clemente abusou das paradinhas e da irreverência em sua passagem pela Sapucaí no segundo dia de desfiles no carnaval do Rio, nesta segunda-feira, dia 11. Foram cinco paradinhas ao longo do desfile, que fizeram os integrantes da escola cantarem o samba "Horário Nobre", sobre as novelas brasileiras. Mas o público do sambódromo não entrou no clima de `vale a pena ver de novo', e não acompanhou o coro do samba em muitos momentos, tirando o brilho do desfile da escola.

A São Clemente iniciou o desfile com uma coreografia na comissão de frente em que os personagens marcantes das novelas da TV Globo saíam de uma grande tela de televisão, formada por painéis de LED. Pelas alas, a escola relembrou com bom humor as tramas e personagens inesquecíveis, como Odete Roitman, Perpétua, Gabriela, Sinhozinho Malta, entre outros.

O destaque entre as alegorias ficou por conta da reprodução de Escrava Isaura, com atores representando os escravos acorrentados. Assim como em 2011, a escola usou balões cenográficos em seu desfile. Neste ano, eles representavam a personagem Rita, de Avenida Brasil, e foi incluída no enredo após o sucesso da novela no último ano. A Carminha, outra personagem da novela, teve seu espaço de destaque na comissão de frente.

À frente da bateria, apesar do esforço da rainha Bruna Almeida, quem reinou foi o ator Marcelo Serrado. Ele esteve ao lado do Mestre Marcão comandando os ritmistas que estavam fantasiados de Crô, seu personagem na novela Fina Estampa. "Eu não vinha, mas na última hora não resisti. Quando teria uma oportunidade dessas?" disse o ator. "É bonito quando o personagem é maior do que você, ele agradou a todos."

Apesar do belo desfile, a São Clementes teve pequenos problemas no desfile que devem comprometer sua pontuação. Duas componentes passaram mal na Ala das Baianas, e tiveram que ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros. Além disso, em diversas alas, as fantasias e adereços estavam com problemas de acabamento e chegaram a cair pela Sapucaí. Em alguns casos, os componentes tinham que segurar os chapéus para evitar que eles caíssem, o que pode ser descontado pelos jurados.
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