Samarco terá que retirar lama da Usina de Candonga, que corre risco de romper

Álvaro Castro
acastro@hojeemdia.com.br
15/06/2016 às 18:05.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:55
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

A Samarco terá que providenciar a retirada de cerca de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos que estão retidos na Usina Hidrelétrica risoleta Neves, popularmente conhecida como Usina de Candonga, localizada em Santa Cruz do Escalvado, na Zona da Mata. Entra em vigor nesta quarta-feira (15) um Termo de Ajustamento de Conduta assinado no último dia 10 que determina multa de R$ 300 mil por dia pelo descumprimento das determinações.

Segundo explicou o promotor Carlos Eduardo Ferreira,  coordenador da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais, o laudo que indica a necessidade da limpeza foi produzido pelo consórcio responsável pela administração da usina. Caso o material não seja retirado, existe a chance de que a usina entre em colapso no próximo período chuvoso.

"É necessária uma medida extrema do ponto de vista técnico para que se evite o rompimento da estrutura. é impensável, no entanto, que a Samarco irá descumprir qualquer prazo", explicou. Segundo o promotor, a mineradora tem sete dias para apresentar o plano emergencial e outros sete dias para que os órgãos ambientais deem os pareceres necessários. A partir daí, são cinco dias para que a draga seja encaminhada ao local e comece a limpeza, que deverá durar alguns meses.

Por meio de nota, o Consórcio Candonga informou que "está trabalhando de forma diligente, colaborativa, com foco em segurança e mantém, contato permanente com os órgãos competentes". Segundo o consórcio, atualmente a barragem encontra-se em situação estável e as medidas visam a segurança da estrutura da usina.

A Samarco também se manifestou por meio de nota, informando que nos próximos dias irá apresentar o plano emergencial solicitado para a dragagem do reservatório. Além disso, irá incorporar outros estudos realizados pela empresa que indicam os locais da ação e os prazos necessários para concluir a limpeza.

No auge do deslocamento dos rejeitos decorrentes do rompimento da barragem de fundão, em novembro do ano passado, foi possível ver a lama passando por cima do dique. Veja no vídeo abaixo:

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