Sánchez Miño é a nova decepção argentina no Cruzeiro

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
07/06/2016 às 15:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:47
 (Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Se o dirigente de um determinado clube pretende reforçar bem o seu elenco e pensa em jogadores estrangeiros, de nacionalidade sul-americana, o pensamento muitas vezes passa por contratar um argentino. Os hermanos possuem a fama de ostentar um estilo de jogo moldado na garra, disposição, raça e técnica. Certo? Mais ou menos. Se olharmos para a história do Cruzeiro, podemos dizer que nem tudo aconteceu desse jeito com os portenhos que vestiram a camisa celeste.

Desde que o Cruzeiro foi fundado, em 1921, 11 jogadores argentinos vestiram a camisa estrelada. Alguns caíram nas graças da torcida e se tornaram ídolos, como Roberto Perfumo, Juan Pablo Sorín e Walter Montillo. No entanto, outros sequer chegaram perto de honrar as tradicionais características do futebol portenho. O caso mais recente é o de Sánchez Miño. O meia, muito criticado pela torcida, está de saída da Toca II. Sem um destino certo, pelo menos por enquanto, Miño pode acertar sua ida ao Independiente, da Argentina.

Além de Miño, o Cruzeiro acumula outros ‘micos’ na contratação de argentinos. Lembramos agora algumas das contratações de hermanos que deram errado na Raposa.

Ernesto Farías. O atacante fez apenas 35 jogos entre 2010 e 2014. Pouco utilizado, o avante anotou apenas oito gols e recheou sua conta bancária, faturando aproximadamente, R$ 9,6 milhões. O jogador chegou a ser emprestado ao Independiente, além de sofrer com seguidas lesões nos joelhos.

Sebastian Prediger. A passagem do meia pela Toca II durou apenas quatro meses. Prediger, que chegou por empréstimo em agosto de 2010, à época vindo do Porto, e não fez um jogo sequer.

Sebastian Rudman. Sequer assinou contrato profissional na década de 1990 e participou apenas de um amistoso, anotando um gol. Deixou o clube e poucos lembram de sua passagem pela Toca da Raposa.

Alejandro Martinuccio. Chegou à Toca II após ser vice-campeão da Libertadores com o Peñarol, do Uruguai, e de uma passagem pelo Fluminense. Seu início no clube foi promissor e o meia-atacante chegou a se destacar na reta final do Brasileirão de 2012. Entretanto, lesões seguidas nas pernas e um problema ósseo fizeram o jogador passar mais tempo no departamento médico do que em campo.

Sánchez Miño. A passagem de Miño pelo Cruzeiro durou pouco mais de cinco meses. Nesse período, o meia, que atuou mais improvisado na lateral-esquerda que em sua posição de origem, fez 19 jogos e marcou apenas um gol. Sua saída não deixará saudades aos torcedores da Raposa.


Argentinos no Cruzeiro

Década de 1970

Roberto Perfumo - 141 jogos - 6 gols: Zagueiro

Período no clube: 1971 a 1974


Década de 1990

Sebastian Rudman – 1 jogo – 0 gol: Atacante

Período no clube: 1995

 Anos 2000

Juan Pablo Sorín – 126 jogos – 18 gols: Lateral-esquerdo

Período no clube: 2000 a 2002/ 2004 e 2008 a 2009


Anos 2010

Sebastian Prediger – 0 jogos: Meia

Período no clube: 2010


Walter Montillo – 122 jogos – 36 gols - Meia

Período no clube: 2010 a 2012


Ernesto Farías – 35 jogos – 8 gols: Atacante

Período no clube: 2010 a 2011


Alejandro Martinuccio – 22 jogos – 5 gols: meia-atacante

Período no clube: 2012 a 2014


2015/2016

Ariel Cabral – 39 jogos – 1 gol: Volante

Período no clube: 2015 até o momento


Sanchéz Miño – 19 jogos – 1 gol: Meia

Período no clube: 2016


Matias Pisano – 14 jogos – 0 gol: Meia

Período no clube: 2016


Lucas Romero – 14 jogos – 1 gol: Volante

Período no clube: 2016

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