Ministra da Saúde reitera compromisso e importância dedicada ao setor (Divulgação/Santa Casa)
O número de leitos exclusivos para Covid-19 na Santa Casa de Belo Horizonte foi reduzido em 69% entre o período mais crítico da pandemia e as últimas semanas. Nenhuma vaga, no entanto, foi fechada. Elas foram redirecionadas para atender pacientes com outras enfermidades. O mesmo ocorre em outros hospitais da cidade.
De acordo com a instituição, que atende ao Sistema Único de Saúde (SUS) de BH, a Santa Casa chegou a ter 607 leitos próprios para Covid entre junho e agosto do ano passado. Desse total, 231 eram Centros de Terapia Intensiva (CTI), e 376 de enfermaria.
Já nesta segunda-feira (19), o quantitativo de vagas específicas para tratamento de casos de infecção por coronavírus é de 187 leitos, dos quais 109 são CTI, e outros 78 clínicos. Apesar da redução de 69%, nenhuma das 300 vagas criadas pela instituição devido à pandemia será fechada.
"Os leitos que deixaram de atender pacientes com Covid-19 foram redirecionados para outras especialidades, como Cardiologia, Neurologia, Nefrologia, Oncologia, Transplante, leitos cirúrgicos, entre outros", informou a Santa Casa, em nota.
Conforme Cláudio Dornas, superintendente de Gestão e Planejamento Assistencial da Santa Casa, a instituição segue preparada para voltar a direcionar leitos para Covid-19 "a qualquer momento". "Esperamos que não seja necessário, mas, se acontecer, somos referência de Covid no município", afirmou.
A instituição relembrou ainda que, mesmo quando a pandemia estiver controlada, a unidade de saúde permanecerá com área isolada destinada ao atendimento de pacientes com a doença, devido à alta transmissibilidade da mesma.
Hospitais municipais
Em relação aos hospitais próprios da prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde informou que também tem diminuído gradativamente o número de leitos exclusivos de Covid-19. As alterações ocorrem devido à tendência de queda nas taxas de ocupação de leitos, apresentada nos últimos dias, juntamente com o retorno gradual das cirurgias eletivas.
A pasta também explicou que monitora os indicadores epidemiológicos da doença no município e "qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado da forma devida", inclusive com possibilidade de converter as vagas novamente para Covid.
Fhemig
Já a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) declarou que, em relação à assistência Covid prestada na capital, pelos hospitais Eduardo de Menezes (HEM), Júlia Kubitschek (HJK), Infantil João Paulo II (pediatria) e em alguns leitos no João XXIII, são contratados pelo município, que é o gestor do SUS na cidade.
Por isso, "todas as expansões e regressões de leitos ocorrem sob demanda do município. No caso das expansões de leitos, a resposta é pactuada rapidamente, para garantir a continuidade da assistência. Quando há regressão de leitos, retornam para o atendimento que era prestado antes da pandemia", disse, em nota.