Especialista ensina a identificar sinais de problemas respiratórias e dá dicas práticas para evitar crises nas estações mais frias
(Pixabay/Divulgação)
Quando as temperaturas caem os sintomas costumam vir junto. Muitos espirros, tosse e nariz escorrendo. A imunidade diminui e o que costuma subir é o nível de dúvidas. Afinal, estou com gripe, resfriado ou é “só uma alergia”? O problema já começa com a minimização dos desconfortos respiratórios causados pelas alergias, especialmente no inverno.
A estação mais fria do ano, além de nos manter mais tempo em ambientes fechados, agrava a exposição a alérgenos como poeira, mofo e pelos de animais — e, claro, à poluição, que costuma disparar nas cidades brasileiras nesse período. Em Belo Horizonte e outras cidades mineiras, por exemplo, a Defesa Civil tem emitido constantes alertas sobre o clima seco e o risco de agravamento de várias doenças.
“No consultório, o que mais vemos no inverno são casos de rinite alérgica, asma, alergia a pelos de animais e mofo, além de reações causadas por ácaros”, explica a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista e especialista em alergias respiratórias.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de rinite alérgica e cerca de 300 milhões têm asma. No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população têm algum tipo de alergia respiratória — um índice que cresce a cada ano, especialmente nas grandes cidades.
“A alergia costuma começar de forma súbita, com espirros, coriza clara, coceira nos olhos e nariz, mas sem febre. Já uma infecção geralmente vem acompanhada de febre, dor no corpo, mal-estar geral e tosse com secreção”, diferencia a especialista.
Sintomas alérgicos podem variar também conforme o ambiente. Se pioram em casa, no carro ou perto de animais, por exemplo, é um forte indicativo de alergia — e não de infecção.
Não trate alergia como algo menor ou inofensivo. Tomar medicamentos por conta própria pode trazer riscos, inclusive de reações graves.
“A automedicação pode mascarar sintomas ou, pior, provocar efeitos colaterais e até levar a crises mais graves, como a anafilaxia”, alerta a médica. “É fundamental procurar um especialista para identificar a causa e adotar o tratamento mais adequado.”
O diagnóstico correto permite personalizar o tratamento, usar medicamentos apropriados (como antialérgicos ou corticoides, quando necessários) e orientar mudanças de rotina que realmente fazem diferença.
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