O Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que houve uma redução no Brasil do registro de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A exceção é o Distrito Federal, que ainda não apresenta tendência de queda. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 3, de 15 a 21 de janeiro.
Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, a manutenção de patamar elevado no DF requer atenção. “O crescimento foi interrompido, mas ainda há um volume de internações semanais relativamente constante”, explicou.
Em crianças de 0 a 4 anos, o VSR está causando mais infecções no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul. Entretanto, diferentemente do que se observa no DF, nesses locais vem ocorrendo queda no número de casos nas últimas semanas.
O estudo indica ainda que o aumento de infecções pelo novo coronavírus observado no final de 2022 já foi interrompido e praticamente todos os estados apresentam cenário de queda de casos de Covid-19. “A maior parte do país está voltando a patamares significativamente baixos de Covid-19 em comparação com o histórico. Felizmente, não há sinal de retomada do crescimento nesse começo de ano”, afirmou Gomes.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de SRAGs foi de 0,9% para influenza A; 0,7% para influenza B; 18,8% para vírus sincicial respiratório; e 71,3% para SARS-CoV-2. Entre as mortes registradas, 1,1% foi ligado ao influenza A;1,5% para vírus sincicial respiratório; 94,7% para Covid-19; e nenhum óbito por influenza B.
Estados
Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Maranhão e Mato Grosso apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica 3. No Acre, o aumento aparenta maior concentração entre as crianças, embora os valores ainda sejam relativamente baixos. Na população adulta, o cenário é compatível com cenário de oscilação.
No DF, os dados apontam para a manutenção da tendência de crescimento entre as crianças de 0 a 4 anos, em decorrência do vírus sincicial respiratório.
(*) Com portal da Fiocruz.
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