(Hoje em dia)
Em momento de tomada de ações para o controle do coronavírus, Minas Gerais começa março com uma nova preocupação em saúde pública. Nos últimos sete dias, cerca de 5.500 pessoas registraram suspeita de dengue no Estado, que já teve uma morte este ano e acumula quase 26 mil notificações da doença.
Assim como em 2019, quando houve explosão da doença em Minas, com cerca de meio milhão de pessoas com sintomas e 176 mortos pela dengue no Estado, o tipo de vírus que mais está circulando é o denv-2, que até 2017 era o menos circulante. Com este tipo circulando mais, os especialistas já esperavam, desde o ano passado, que o número de casos subissem.
Os dados fazem parte do boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (10) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Desde a última terça-feira (3), foram registrados 5.496 novos casos suspeitos, elevando o total de casos em 2020 para 25.877.
Até esta terça-feira (10), a única morte confirmada pela SES este ano continua sendo a da moradora de Medina, no Vale do Jequitinhonha, que havia sido divulgada na semana passada. Contudo, outros 15 óbitos ainda estão na fila para confirmação.
A SES não divulga mais a lista com as cidades onde há maior incidência de dengue, que é a proporção entre casos e número de habitantes. Agora, a pasta envia os dados em conjunto com a febre chikungunya e o zika vírus. O boletim apenas indica que 60 municípios têm incidência muito alta da dengue, 24 têm incidência alta, 94 têm incidência média, 399 baixa e 276 municípios não registraram casos prováveis.Secretaria de Estado de Saúde/ReproduçãoVeja no mapa os municípios com incidência maior de casos de dengue (clique para ampliar)
A SES também atualizou os casos de febre chikungunya e zika vírus no Estado. A febre teve 73 novos registros esta semana, totalizando 480 casos prováveis em 2020, sendo cinco em gestantes. Já o vírus teve 38 novos casos esta semana, totalizando 168 no ano, sendo 36 em gestantes.
Ações
A SES informou que adota medidas de prevenção e controle, dentre elas a divulgação do Plano de Contingência Estadual das doenças transmitidas pelo Aedes, realização de seminário com representantes das unidades regionais de saúde e envio de forças estaduais de saúde para reforçar equipes municipais em locais com alta incidência das doenças.
O Estado informou também que dá prioridade aos municípios mais afetados no último período chuvoso. Segundo a Defesa Civil estadual, 196 estão em situação de emergência e calamidade e a coordenação de doenças transmitidas pelo Aedes recomenda a ação integrada das equipes municipais e regionais em ações de controle e proteção da doença.
"A população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Essa é a única forma de prevenção. Quando o foco do mosquito Aedes aegypti é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores ou pela população, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada para remover os possíveis focos/criadouros", orientou a pasta.