Hospital em BH doa 140 mamografias no Outubro Rosa
Ação do Grupo Orizonti visa ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, fundamental na luta contra a doença
(Acervo Grupo Orizonti)
No mês de conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama, o Grupo Orizonti anuncia a doação de 140 mamografias para mulheres em situação de vulnerabilidade social e para a população em geral da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ação visa ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, fundamental na luta contra a doença.
Ação é realizada por meio do Hospital Orizonti, Casa Delas Breast Center e Oncomed. Parte (40) dos exames será destinada ao Coletiva Mulheres da Quebrada, uma associação criada por mulheres pretas (cisgênero, heterossexuais e homossexuais) e majoritariamente negras, que atua promovendo o autocuidado para moradoras da periferia do Aglomerado da Serra, região centro-sul da capitalo mineira. Outras 30 mamografias serão direcionadas ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) para a campanha “Radiologia Solidária”. As 70 mamografias restantes serão oferecidas à população em geral da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Para as interessadas, as inscrições começam nesta quinta-feira (2) e deverão ser realizadas exclusivamente pelo site Sympla. Segundo a instituição responsável pela ação, não há uma data limite para o encerramento das inscrições, que permanecerão abertas enquanto houver vagas disponíveis. Atualizações podem ser acompanhadas no perfil do Hospital Orizonti no Instagram. Há pré-requisitos para concorrer a um dos 70 exames oferecidos: não ter realizado mamografia há menos de um ano, idade a partir de 40 anos e não possuir plano de saúde.
A importância do diagnóstico precoce ganha ainda mais relevância com as recentes recomendações do Ministério da Saúde para a realização da mamografia. Pela primeira vez, o exame passa a ser recomendado “sob demanda” para mulheres de 40 a 49 anos, mediante vontade da paciente e indicação médica.
Até então, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava a mamografia apenas para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos, mesmo sem sinais ou sintomas. Com as mudanças, o Ministério passa a recomendar rastreamento obrigatório a cada dois anos para mulheres de 40 a 49 anos.
Ivie Braga de Paula, médica radiologista especialista no diagnóstico do câncer de mama do Grupo Orizonti, a mamografia é considerada o principal exame no rastreamento. Para diagnóstico de alterações suspeitas, além da mamografia podem ser realizadas a ultrassonografia, a ressonância magnética e biópsias guiadas pelos métodos de imagem.
O câncer de mama é o tipo mais incidente entre mulheres no Brasil e no mundo (excluindo tumores de pele não melanoma). O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e amplia as opções de tratamento, reforçando a urgência e a relevância de iniciativas como o Outubro Rosa e as novas diretrizes governamentais.
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