Desconhecimento é ainda maior em relação a outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como Zika e Chikungunya
Nos mutirões, agentes de saúde buscam identificar pontos de proliferação do Aedes aegypt (Divulgação)
Apesar do alto grau de exposição que levou o país a registros históricos de dengue no ano passado, mais da metade dos brasileiros ainda desconhece informações cruciais sobre a doença e como evitá-la. Pesquisa mostra que apenas 41,7% da população afirma ter conhecimento suficiente sobre a doença, que em 2024 somou mais de 600 mil casos somente em Minas Gerais.
Segundo o levantamento feito pela SC Johnson, o desconhecimento é ainda maior em relação a outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como Zika e chikungunya. Quando se trata de malária, a situação piora: 22% dos entrevistados declararam conhecer a doença apenas pelo nome.
Análise da fabricante global de produtos de limpeza e de controle de pragas aponta que os resultados evidenciam a necessidade de fortalecer ações educativas contínuas, acessíveis e didáticas, que mobilizem diferentes perfis da população para uma prevenção mais eficaz.
O levantamento mostrou ainda que quase 70% dos brasileiros se preocupam com doenças transmitidas por mosquitos o tempo todo, e não apenas durante surtos ou no verão, quando a proliferação de mosquitos é mais comum. No entanto, essa preocupação nem sempre se traduz em ações concretas, como o uso correto de repelentes ou a eliminação de criadouros.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que Minas Gerais registrou 156.998 casos prováveis (notificados, exceto os descartados) de dengue até o início deste mês. Desse total, 99.047 já foram confirmados.
A pesquisa apontou ainda que 3,7% dizem conhecer a dengue apenas pelo nome. A maioria (54,5%) possui algum nível de informação parcial: 9,9% conhecem apenas noções gerais, 25,8% reconhecem os sintomas e 18,8% estão familiarizados com o tratamento.
As mulheres demonstram estar mais informadas: 43,7% dizem ter conhecimento completo sobre a dengue, contra 38,6% dos homens. A diferença também se reflete no conhecimento sobre Zika e chikungunya: entre os homens, os percentuais caem para 23,1% e 22,5%, respectivamente, enquanto a média feminina se mantém em 27%.
A falta de informação se torna ainda mais evidente quando o foco recai sobre outras enfermidades transmitidas por mosquitos. Apenas 27% dos brasileiros afirmam ter informações completas sobre Zika e 25% sobre chikungunya, ambas arboviroses associadas ao Aedes aegypti.
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