Ministério da Saúde entregou 152 doses do antídoto a Minas
Secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, durante coletiva no Hospital Infantil João Paulo II, em BH (Reprodução/SES-MG)
Minas não deve registrar casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Pelo menos é o que acredita o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, que comentou, nesta terça-feira (14), a crise sanitária ocorrida no país.
“Não temos e provavelmente não teremos casos em relação a este episódio de metanol. Essas intoxicações geralmente acontecem em larga escala, dificilmente vai acontecer um caso isolado”, afirmou Baccheretti, durante a entrega das obras na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), em BH.
Os estados que já têm casos confirmados são os com mais chances de novos registros, segundo o secretário: “Uma garrafa, várias pessoas utilizam, ou dentro de uma falsificação, são vários lotes falsificados. Basicamente, em São Paulo é onde haverá os casos, temos também no Paraná e Rio Grande do Sul, mas com poucos casos. Minas Gerais provavelmente não terá. Já saberíamos se tivesse”.
No fim de semana, o Estado descartou a intoxicação por metanol em um paciente que morreu em Ipatinga, no Vale do Aço. O homem, que havia sido atendido em uma UPA em 8 de outubro e faleceu na madrugada do dia 9, apresentou quadro clínico de rápida evolução, o que inicialmente levantou a hipótese de contaminação.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 32 casos e cinco mortes por intoxicação por metanol, a maioria em São Paulo. Outros 181 casos seguem em investigação.
Minas recebeu 152 doses do medicamento fomepizol, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações causadas por metanol. O envio foi feito pelo Ministério da Saúde, que adquiriu 2,5 mil ampolas do produto para reforçar o estoque do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
Leia mais: