Até o momento não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS); especialistas explicam como se proteger de infecções respiratórias
Pasta explica que mantém contato com autoridades sanitárias de diversos países para monitorar o cenário e compartilhar informações (Walterson Rosa/MS)
Após a China registrar surto de metapneumovírus humano (HMPV), que tem causado infecções respiratórias — especialmente entre crianças do país —, o Ministério da Saúde acompanha a situação. Apesar da ausência de alerta internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a pasta informou que mantém contato com autoridades sanitárias de diversos países.
De acordo com o coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, Marcelo Gomes, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC) indicam que a intensidade das infecções respiratórias registrou redução. No entanto, as províncias do norte da China têm observado crescimento nas infecções por HMPV, rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e gripe sazonal.
Marina Mascarenhas Roriz Pedrosa, infectologista do Hospital Encore, de Aparecida de Goiânia (GO), explica que o HMPV é um vírus descoberto em 2001 e identificado no Brasil desde 2004.
“Ele já está presente no nosso meio há um tempo. É um vírus que causa, geralmente, um quadro respiratório, coriza, indisposição, uma febre baixa, tosse seca, dor de garganta. Em alguns casos, ele pode ser mais grave, pode evoluir para uma insuficiência respiratória, causar falta de ar, desconforto respiratório e o paciente pode precisar de hospitalização”, informa.
A infectologista ainda informa que o HMPV é transmitido entre pessoas por meio da secreção respiratória, como tosse e espirro.
O Ministério da Saúde destaca que, embora especialistas considerem baixo o risco de uma pandemia, é “importante” intensificar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias.
Segundo a Pasta, a vacinação contra a covid-19 e a influenza segue sendo “fundamental” para evitar complicações graves, especialmente entre idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.
Ralcyon Teixeira, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), explica que a prevenção contra doenças respiratórias segue as mesmas orientações adotadas para a Covid-19 e a influenza. “Evite aglomerações e lugares fechados, use máscara caso esteja doente e evite contato com pessoas com sintomas respiratórios. Para pacientes de maior risco, usar máscara em locais muito movimentados”, informa.
Além disso, ele afirma que é “importante” manter os ambientes bem ventilados, praticar higiene frequente das mãos com álcool em gel ou água e sabão e evitar levar as mãos à boca e ao nariz.
*Com informações da Agência Brasil 61
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