SAÚDE & BEM-ESTAR

Nariz entupido o tempo todo? Pode ser Polipose Nasal, doença mais comum (e séria) do que se imagina

Problema pouco conhecido causa perda de olfato, sinusites constantes e impacta a qualidade de vida

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
27/08/2025 às 13:47.
Atualizado em 27/08/2025 às 13:47
 (Freepik)

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Não é normal, mas muita gente passa os dias com o nariz entupido. A condição é fruto da Polipose Nasal, uma forma de sinusite crônica marcada pela formação de pólipos — lesões de aspecto gelatinoso que se desenvolvem na cavidade nasal e nos seios da face.

“A polipose nasal ocorre devido a uma inflamação crônica da mucosa dessa região. Quanto mais intensa for essa inflamação, maior o número e o tamanho dos pólipos”, explica o otorrinolaringologista Luiz Vicente Rizzo Castanheira, do Hospital Paulista, referência em doenças do ouvido, nariz e garganta.

O problema não está isolado. Segundo o especialista, costuma vir acompanhado de outras condições respiratórias, como rinite alérgica, asma e sinusites recorrentes. “O mecanismo de inflamação é parecido nessas doenças, por isso é comum que elas estejam associadas”, afirma. Também há ligação com algumas alergias medicamentosas, como ao AAS (ácido acetilsalicílico) e a certos anti-inflamatórios.

Atenção aos sinais de alerta da polipose nasal

Os sintomas da polipose nasal são fáceis de confundir com resfriados ou crises de rinite, mas costumam ser mais persistentes e intensos. Obstrução nasal constante, perda de olfato e paladar, e infecções frequentes com uso repetido de antibióticos são os sinais mais típicos, diz  o médico.

Pessoas com fatores de risco — como histórico de asma ou alergias respiratórias — devem procurar um especialista assim que tais incômodos se tornam frequentes. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a doença avance e o tratamento se torne mais complexo. 

Há cura para a polipose nasal?

Não, mas a doença pode ser controlada. O tratamento depende da gravidade do quadro. Casos mais leves, com poucos pólipos, podem ser tratados com sprays nasais e acompanhamento médico. Já situações mais avançadas exigem cirurgia para remoção das lesões.

“Em quadros mais graves, o processo inflamatório é tão intenso que a cirurgia não basta. Nesses casos, pode ser necessário o uso de imunobiológicos, medicamentos modernos e específicos que atuam no tipo de inflamação que causa a polipose”, explica o médico. 

O ideal, segundo o especialista, é que o acompanhamento seja feito não apenas com otorrinos, mas também com pneumologistas e alergologistas, especialmente quando há doenças crônicas associadas.

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