Pesquisa destaca que maioria conversa pouco sobre o tema durante o pré-natal
11% dos profissionais de pré-natal não falaram sobre vacinas com as pacientes (FOTORECH/PIXABAY)
SÃO PAULO – Quase 80% das gestantes desconhecem os benefícios da imunização materna para a saúde do bebê. É o que aponta estudo divulgado nesta terça-feira (3) pelo Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da farmacêutica Pfizer. O levantamento também destaca que a maioria das grávidas conversa pouco sobre o tema durante o pré-natal e sequer sabe da existência de um calendário vacinal específico.
Ao todo, 530 mulheres em diferentes períodos gestacionais foram ouvidas pelo Ipec no país. As entrevistadas, de 18 a 45 anos, são de todas as classes sociais. Para 62% delas, as doses são capazes de proteger apenas a mãe. “A pesquisa aponta lacunas de informação sobre imunização em uma fase muito peculiar para a mulher, em que existe a chance de proteger duas vidas”, diz Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.
Adriana apresentou os dados da pesquisa, que reforça a preocupação com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável pela maioria das infecções em bebês. O VSR mantém-se como a causa mais frequente de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Nas crianças menores de 2 anos, corresponde a até 40% dos casos de pneumonia e 75% de bronquiolite.
Preocupação com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi destacada na pesquisa (Luisa Faria)
Termina em 9 de dezembro uma consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde que avalia a inclusão de um imunizante contra doenças respiratórias causadas pelo VSR, como a bronquiolite, no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer, já está disponível na rede privada.
Uma dose única é aplicada entre 32 a 36 semanas da gestação. Conforme a Pfizer, com as mães vacinadas, os bebês já nascem com resposta imune ao VSR.
“O desenvolvimento de vacinas para gestantes é considerado prioritário pela Organização Mundial de Saúde (OMS), podendo reduzir as taxas de mortalidade infantil, aliviar a sobrecarga das unidades hospitalares pediátricas e, é claro, evitar esse forte impacto para as famílias”, acrescenta Adriana Ribeiro. Ainda segundo a Pfizer, Argentina e Uruguai já oferecem a dose da Abryso na rede pública.
Para saber mais sobre a consulta pública, clique aqui.
* Viajou a convite da Pfizer
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