Sem verba, projeto contra o câncer de mama fica parado

Letícia Alves
09/10/2014 às 07:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:32
 (Eugënio Moraes)

(Eugënio Moraes)

A Associação de Prevenção do Câncer de Mama na Mulher (Asprecam) cobra a liberação de R$ 1,2 milhão do governo do Estado para a instalação de projeto educativo de prevenção ao câncer de mama. Segundo a entidade, a verba foi aprovada no ano passado, mas o governo alega não ter como liberá-lo em 2014. Sem o investimento, o projeto fica parado e deixa de beneficiar, anualmente, cerca de 20 mil mulheres.

Se implantado, o Núcleo de Promoção da Saúde da Mulher utilizará a estrutura das Universidades Abertas Integradas de Minas Gerais (Uaitecs) para oferecer cursos para profissionais de saúde, comunidade e voluntários. A sede será em Belo Horizonte e haverá unidades em Sete Lagoas e Sabará. Os cursos sobre prevenção contra o câncer de mama também serão oferecidos via internet, beneficiando municípios de todo o país.

“Queremos que o Estado dê sua contribuição, mas que o projeto seja sustentável”, disse o fundador e diretor da associação, o médico Thadeu Provenza. Para garantir a sustentabilidade da iniciativa, a associação lançou nesta quarta-feira (8) o movimento “Mamamiga pela Vida”, contando com a presença da cantora e embaixadora do movimento, Paula Fernandes. Segundo Provenza, a adesão da artista poderá chamar a atenção das iniciativas pública e privada para a causa.

Conforme Thadeu, o projeto foi aprovado em dezembro do ano passado. A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com o governo do Estado para saber por que a verba não foi liberada, mas não recebeu retorno.

Pontos de Prevenção

Outro projeto de prevenção ao câncer já está garantido durante um ano, graças ao apoio de empresas. A iniciativa também faz parte do movimento Mamamiga. Os Pontos de Prevenção vão contar com um simulador de demonstração do autoexame, que levou o mesmo nome do movimento. Já foram instalados 30 pontos em Belo Horizonte, Betim, Contagem, Vespasiano e Brumadinho, em locais como shoppings, clínicas médicas e farmácias. A expectativa é a de que 200 pontos sejam criados até o 1º trimestre de 2015.  

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