Peixes, ovos, grãos, queijos, verduras e legumes são opções que garantem ganhos nutricionais para quem riscou a carne vermelha do cardápio (Pixabay/Reprodução)
Tirar a carne vermelha do cardápio durante a Quaresma representa penitência aos católicos. A abstinência, no entanto, exige cuidados para quem não está acostumado à dieta forçada. É preciso fazer a devida substituição da proteína, evitando perdas nutricionais ao organismo.
Engana-se quem pensa ser necessário ficar somente à base de legumes e verduras. As opções são variadas, saudáveis e, claro, saborosas. Na lista, as pessoas podem optar por soja, feijão, cogumelos e ovos. Já os religiosos “menos praticantes” podem seguir com as carnes brancas, como frango, peixe e frutos do mar.
Coordenadora do curso de Nutrição das Faculdades Kennedy, Natália Teixeira reforça que não há riscos para a saúde ao excluir a carne vermelha. Porém, é preciso ficar atento que as trocas na alimentação sejam feitas de forma correta.
“A carne vermelha é rica em ferro e vitaminas do complexo B. A falta da proteína pode levar a pessoa à perda da sua defesa e, a longo prazo, resultar em deficiências nutricionais como a anemia”, explica.
Outro ponto que a professora alerta é que, antes do abstinência, é importante procurar ajuda de um profissional. “Se a pessoa tem histórico de anemia ou desnutrição, ela necessita de cuidados especiais”.
Cuidado com o excesso
Mais do que só a abstinência durante a quaresma, tirar a carne vermelha em excesso traz uma série de benefícios, reforça a especialista em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) Mariana Wogel.
“Esse alimento possui mais gordura saturada na composição, e consumir todos os dias pode desencadear doenças cardiovasculares e tipos de câncer. Além disso, a carne é de difícil digestão e sobrecarrega o sistema digestivo”.
Segundo a membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), o ideal é consumir o alimento apenas duas vezes por semana.
Além disso
Comer cada vez mais peixes deveria ser uma máxima na dieta das pessoas. Além de prevenir doenças, o consumo diminui o risco de problemas cardíacos e melhora a capacidade de memória.
Peixes “gordos”, como atum, salmão e sardinha, são ricos em Ômega 3, um potente anti-inflamatório que reduz o risco de infarto.
Para quem está querendo emagrecer, a inclusão de alguns tipos de peixes na dieta, aliada à prática de exercícios físicos, alimentação saudável e preparo adequado, também são ótimas dicas.
* Especial para o Hoje em Dia