(Pedro Gontijo / Imprensa MG/Divulgação)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, nesta quarta-feira (8), ser a favor que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue a fala dele que apontou suposta "vista grossa" do presidente Lula (PT) aos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília para poder "posar de vítima".
“Nós estamos abertos. Sempre sou favorável às investigações, quem não deve não teme. Que seja investigado tudo, quanto a mim e quanto ao que aconteceu no dia 8 de janeiro”, afirmou Zema à imprensa, durante evento que oficializou a distribuição de absorventes higiênicos para mulheres em vulnerabilidade.
“Sou favorável à investigação. Se fiz algo errado, que eu pague. Acho que questionar algo que aconteceu não é nenhum crime, é um direito em toda democracia. Eu sou tão criticado, nunca condenei ninguém que me criticou. Estamos em um sistema democrático, temos que aprender a conviver com críticas e questionamentos”, concluiu o chefe do Executivo mineiro.
A fala do governador vem dois dias após o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, encaminhar ao STF uma ação pedindo uma investigação sobre a declaração. A demanda atende a pedido movido pelos deputados federais Zeca Dirceu (PT-PR) e Reginaldo Lopes (PT-MG).
Ação foi impetrada pelos parlamentares após Zema criticar, em entrevista à Rádio Gaúcha, a ação do governo federal ao não impedir as invasões aos Três Poderes.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse Zema à época.