(Imagem Filmes/Divulgação)
O título original do filme, por sinal, é extraído de uma música da banda, interpretada ao vivo por Byrne e também no formato acústico, com Penn ao violão.
O garoto que canta com ele afirma que "This Must be The Place" é de autoria do Arcade Fire, que a regravou no álbum "Dark Prayer". Cheyenne imediatamente retruca.
A mesma canção também foi ouvida recentemente na sequência de "Wall Street" (2010), que sintetiza o espírito de New York, para onde Cheyenne viaja para acompanhar o enterro do pai.
Evocação
A evocação dos 80's se faz presente, ainda, com um pôster do Bauhaus (da canção "Bela Lugosi's Dead", um dos pontos altos do filme "Fome de Viver", de 1983), também identificada com o rock gótico.
E, claro, há o nome do grupo Cheyenne and the Fellows é uma referência óbvia ao também inglês Siouxsie and the Banshees, um dos mais importantes do pós-punk.
Dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino, de 42 anos, que viveu sua adolescência em meio a esse efervescente cenário musical, "Aqui é o Meu Lugar" é como os lados A e B de um vinil.
A primeira – e melhor –parte é toda dedicada à apresentação do protagonista, com a sua maneira singular de andar (igual a Ozzy Osbourne), falar, vestir e se relacionar com o mundo.
Road movie
Se o Wes Anderson, diretor de filmes de personagens estranhos como "Os Excêntricos Tenenbaums", se aventurasse nesse universo, o resultado não teria sido muito diferente. Até porque, como se verá na parte seguinte, o bizarro dá lugar a um campo facilmente reconhecível, de falhas familiares e traumas do passado.
De seu confinamento voluntário, Cheyenne cai na estrada, encontrando várias pessoas no caminho, peças vitais nessa jornada de autoconhecimento.