Secretaria de Saúde revisa números de ocupação de leitos em todo o Estado

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
06/05/2020 às 13:30.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:26
 (Silas Camargo/ Pixabay)

(Silas Camargo/ Pixabay)

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) está fazendo uma revisão global da ocupação de leitos em hospitais públicos e privados, para ter uma informação mais qualificada, informou o secretário Carlos Eduardo Amaral, nesta quarta-feira (6). Segundo ele, a intenção é ter uma avaliação mais exata sobre o que o Estado está fazendo no tratamento a pacientes, especialmente diagnosticados com Covid-19.

Por causa desse levantamento, a SES não vai informar no momento como está a taxa de ocupações de leitos no Estado. “Mas a ocupação de leitos por pacientes suspeitos ou confirmados com Covid vem se mantendo entre 3 e 5% em relação às internações globais”, afirmou Amaral.

O último levantamento apresentado pela pasta foi de ocupação de 59% dos leitos (clínicos e de terapia intensiva) hospitalares em Minas, em relação a pacientes com todas as enfermidades. Esse dado traz uma média em todo o Estado. A taxa é bem maior em Belo Horizonte, onde 75% dos leitos de UTI do SUS estão ocupados, de acordo com a prefeitura.

Questionado se o Estado teria condições de atender a todas pessoas que possam ficar doentes num breve futuro, o secretário afirmou que todo o trabalho tem sido feito para garantir uma melhor assistência para todos, especialmente em um momento de epidemia, mas que é impossível ter certeza disso.

“Tudo que fazemos é para diminuir o risco na rede assistencial, mas é impossível dizer isso, porque temos 21 milhões de pessoas no Estado e cada uma tem um comportamento, um risco, é envolvida em um ambiente com determinado risco”, afirmou.

Segundo ele, as projeções feitas pela equipe da secretaria têm se mostrado corretas, indicando que, se mantivermos distanciamento social, sem grandes variações, há uma tendência em conciliar a capacidade assistencial com a demanda da epidemia. “Aí, sim, poderia dizer que podemos tratar todo mundo”, completou Amaral.

Ou seja, o distanciamento social continua sendo fundamental para garantir assistência hospitalar para todos pacientes. “Isso é maratona, não corrida de 100 metros. É importante que os municípios entendam que o caminho é longo e para ter sucesso é preciso ter muita coordenação”, disse Amaral, mais uma vez conclamando os prefeitos a aderirem aos protocolos apresentados no programa Minas Consciente.

Unindo redes públicas e privadas, Minas tem pouco mais de 3 mil leitos de terapia intensiva . Na rede SUS, tem cerca de 11,6 mil leitos clínicos. No Hospital de Campanha, montado no Expominas, serão disponibilizados 740 leitos de enfermaria e outros 28 de estabilização.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por