(Prefeitura de Mariana/Reprodução)
O secretário de governo e relações institucionais da Prefeitura de Mariana, na região Central de Minas, Edvaldo Santos de Andrade, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (8) sob suspeita de corrupção na administração pública na cidade. Ele está sendo investigado por crimes de dispensa indevida de licitação, afastamento fraudulento de licitante e concussão.
De acordo com a Polícia Civil, agentes cumpriram, além do mandado de prisão, ordem de busca e apreensão na casa do investigado e no prédio da prefeitura. A operação, batizada de "Primaz", apreendeu R$ 22.495 em dinheiro, seis pendrives, um HD externo, três microcomputadores, cinco celulares, cheques e documentos.
A ação foi conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e combate corrupção na administração pública.
Irregularidade
Segundo o MPMG, entre março e agosto deste ano 2016 o secretário municipal de Governo de Mariana exigiu, por causa da função que exerce, vantagem indevida para ele e para terceiros, além de fraudar e dispensar licitação para a contratação de serviço de transporte da prefeitura.
Por causa da irregularidade, a 2ª Promotoria de Justiça de Mariana ofereceu denúncia contra o Andrade pelos crimes de concussão e fraude em licitação. Além disso, o órgão propôs Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra o secretário e contra o prefeito Duarte Junior.
Compra de votos
Outra irregularidade constatada pelo Ministério Público foi a captação indevida de votos. As apurações do órgão revelaram que materiais de construção estavam sendo indevidamente distribuídos pela secretária de Assistência Social de Mariana para conseguir votos para o prefeito e outros dois vereadores.
Segundo o promotor Guilherme de Sá Meneghin, "vereadores da base aliada do prefeito repassaram listas com nomes de pessoas para a secretária de Assistência Social que providenciava a entrega de materiais de construção como telhas, cimento, padrões, caixas d’água e tijolos".
Foram constatados 44 casos suspeitos e, para comprová-los, a Promotoria de Justiça ingressou, no dia 17 de agosto deste ano, com as duas ações de busca e apreensão dos materiais. Em 21 residências foram localizados materiais de construção relatados na denúncia.